quarta-feira, 11 de setembro de 2019

DOCE DINHEIRO ! ! !

Está em andamento no Fórum local um processo judicial onde o Sindicato dos Rodoviários de Jundiaí pleiteia tomar posse de grande parte do patrimônio da Sociedade Esportiva Caxambu.

O sindicato alega que o clube do Caxambu tem uma dívida com ele de R$ 6.874.887,88. Já o clube, por sua vez, diz que esta dívida é ilegal, que ela não existe, que o sindicato quer se apropriar do seu patrimônio.

Agora, caros amigos, apareceu mais um processo judicial envolvendo o patrimônio de um outro clube da cidade: A Associação Atlética Floresta. Desta vez também está envolvida na confusão a DAE S/A.

Este processo tramita na 4ª Vara Cível da Comarca de Jundiaí.

O Meritíssimo Juiz de Direito da 4ª Vara Cível, Dr. Marcio Estevan Fernandes, nomeou como interventor na Associação Atlética Floresta o advogado, Dr. Dirceu Francisco Cardoso, que passou a atuar como administrador judicial da entidade.

Após um longo e minucioso trabalho realizado pelo administrador judicial, foi elaborado um extenso relatório apontando todas as graves ilegalidades ocorridas no clube, relatório este que já foi juntado ao processo. Eis aqui um resumo do que foi apurado:

1) Foi assinado um comodato com o Círcolo Italiano de Jundiaí, fato este que afastou a participação dos sócios na administração do clube.

2) Em 14/12/2008 realizou-se uma Assembleia Geral Extraordinária onde foi eleito o senhor Antonio Caputti como presidente e Leonilzo da Costa como secretário do clube. Detalhe: Os Srs. Antonio Caputti e Leonilzo da Costa nunca foram associados do clube Floresta. E mais. Segundo este relatório, esta assembleia jamais aconteceu pois não existe nenhum documento que comprove a sua realização.

Outro detalhe. O presidente eleito, Sr. Antonio Caputti, é reconhecido como analfabeto funcional, ou seja, legalmente incapaz, através de escritura pública lavrada junto ao 1º Tabelião de Notas de Jundiaí.

Sobre esta situação, o Código Civil é bastante claro:

Art. 166 - É nulo o negócio jurídico quando:

I - Celebrado por pessoa absolutamente incapaz.


3) Segundo o relatório, "a eleição do senhor Caputti fez parte de um plano deletério para alienar bens imóveis da Associação Atlética Floresta". Inclusive o Sr. Caputti, presidente eleito irregularmente, teria dito em uma assembleia, inteiramente simulada, que teria votado a favor da venda de parte do patrimônio do clube.

4) O contrato de comodato firmado entre o Clube Floresta e o Círcolo Italiano foi assinado pelo presidente Caputti, que nunca foi sócio do Floresta e jamais poderia assinar documento algum.

5) O Círcolo Italiano jamais cumpriu o comodato não pagando as suas obrigações, ou seja, salários dos funcionários, contas de energia, de água e outros encargos.

6) A DAE S/A executou o clube pelo não pagamento das contas de água. Acontece que quem não pagou as contas de água não foi o clube Floresta e sim o comodatário Círcolo Italiano.

7) A DAE S/A, credor, e o Círcolo Italiano, devedor, firmaram um acordo e foi colocado como garantia um imóvel de propriedade da Associação Atlética Floresta, sem a anuência do clube. Oras bolas, a DAE S/A e o Círcolo Italiano jamais poderiam ter feito um acordo estabelecendo como garantia um imóvel de terceiro.

8) Apurada uma suposta dívida de R$ 35.689,88 foi penhorado e levado a leilão um imóvel do clube com 2.343,24 m², cuja avaliação foi feita na casa dos R$ 2.100.000,00. Este imóvel foi arrematado por R$ 1.050.000,00. Deste valor foi descontada a dívida de pouco mais de R$ 35.000,00, ficando o restante sob a jurisdição da 4ª Vara do Trabalho. Existe uma briga sangrenta na justiça para que pessoas estranhas ao clube saquem os quase R$ 1 milhão remanescentes.

9) O antigo comodatário Círcolo Italiano não mais ocupa o que restou do clube Floresta. Agora está no local uma outra entidade chamada Confederazione Círcolo Italiano Brasil, fato que muito estranhou o administrador judicial que entende que esta Confederazione, fundada em 25/06/2018, foi criada "para fins provavelmente ilícitos".

10) E conclui o administrador judicial da Associação Atlética Floresta: "Em suma, embora esse gestor não tenha meios nem omnisciência para afirmar peremptoriamente, há circunstâncias, presunções e indícios, que desvelam um amplo esquema fraudulento".

E assim caminha a cidade de Jundiaí. Uma terra sem política, uma terra sem respeito às leis, uma terra de ninguém.

Para acessarem o processo do Clube Caxambu, cliquem aqui.

Para acessarem o processo do Clube Floresta, cliquem aqui.

11 comentários:

Anônimo disse...

QUEM QUER FICAR COM O QUê?

Anônimo disse...

Beduino, sugiro que voce ajuize uma acao popular conttra a PMJundiai deviso ao descaso com a população e improbidade administrativa no caso do viaduto sobre a via Anhanguera, ao lado do Carrefour, que esta sem data para abertura da faixa sentido centro bairro, um investimento considwravel da CCR AutoBAn e poder público municipal com o dinheiro do contribuinte. Abs

Anônimo disse...

Pelo que eu entendi tem gente manipulando a diretoria desse clube para meter a mão no dinheiro que está nas mãos da justiça do trabalho e no patrimônio que sobrou do clube.

Obayr Jundiaiense disse...

Beduíno, faz uma pauta falando um pouco do Plano Diretor, de 2016 que era participativo da nossa Cidade, algo muito sério, que foi feito com a participação popular, e que agora nessa maravilhosa " gestação " voltou a a ser todo alterado, feito entre quatro paredes, regado a Whisky e interesses particulares, ( como era sempre feito nas Gestões anteriores tucanas) pra contemplar os interesses dos empresarios que vem para nossa Cidade com a única visão de arrecadar o maior número de dinheiro possivel, sem se importar com o futuro saudável de nossa Cidade, sendo assim, nem pensando no interesse publico. Essa pauta não sairá em nossa impressa comprada, afinal está tudo amarrado, imprensa, Câmara, Executivo.

Anônimo disse...

Ricardo Benassi perdeu a oportunidade de ficar calado na audiência do plano diretor, querendo dizer que o setor imobiliario não é um vilão na cidade, mas no caso de Jundiaí são sim, pq primeiro utilizaram a posição politica para brincar de lego com o mapa da cidade, comprando areas rurais a preço de banana e depois setorizando para urbano, sempre levando infraestrutura para as redondezas as custas do erário, depois utilizaram recursos públicos para fazer a infraestrutura de diversos loteamentos/bairros que possuem portaria e "ares" de condomínio fechado, sem contar as centenas de nascentes aterradas, as milhares de arvores cortadas, inúmeras atrocidades ambientais e as diversas "burlagens" ao rito do licenciamento ambiental, se esse é o principal candidato nas próximas eleições para concorrer para prefeito, mostra que a maldição em cima dessa terra não vai terminar tão cedo e como diz aquele velho deitado "quanto mais rico mais ridiculo".

Anônimo disse...

Aquele feito pela Daniela da Câmara??? Participativo??? Onde??? Qdo foi que ela pediu a participação pública para reforma o escadão???

Anônimo disse...

Reforma do escadão não tem nada a ver com Plano Diretor, foi contrapartida de um EIV....

Anônimo disse...

Só uma obs.: a infraestrutura dos loteamentos (viário, drenagem, agua, esgoto) é implantada pelo loteador, com recursos do loteador e não recurso público como indicado...depois, esta infra é doada p prefeitura que, ai sim, se responsabiliza pela manutenção

Anônimo disse...

Onde eu disse que a reforma do escadão tinha algo a ver com o plano diretor??? Parece que seu forte não é a interpretação de texto.....

Anônimo disse...

Depois de pagar preço de banana na área e vender a preço de ouro é o mínimo que deveriam fazer

Anônimo disse...

1. Voce vinculou a reforma do escadao ao PD...se nao foi esta sua intençao, vc precisar aprender a escrever melhor
2. Quando criticado, ao inves de contra argumentar, vc parte para uma desqualificaçao tosca do seu interlocutor
3. Pela dificuldade em se expressar e pelo apreço ao debate raso, concluo: certeza que vc cravou 17 na urna....