sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
O PODER É DOCE ! ! !
A Prefeitura de Jundiaí adquiriu uma L200 TRITON por R$ 99.990,00 através de pregão eletrônico. O ilustre Secretário da Casa Civil, Zeca Pires, foi à imprensa local e deu explicações sobre esta emergencial, imprescindível e inadiável compra de quase R$ 100 mil dizendo que o veículo será usado por sua pasta apenas em serviço já que utiliza o seu carro próprio no dia a dia. Mesmo fazendo de conta que todos nós acreditamos no insigne secretário devemos repudiar, sim, de maneira veemente esta aquisição. Oras bolas, quesitos básicos dos serviços públicos oferecidos pela prefeitura estão em falta e eles gastam este dinheiro todo para que o secretário ande em um lindo carro de luxo ? Ah, dá licença hein ? Sugerimos ao nobre secretário deste medíocre governo que volte para a sua Bahia, de onde nunca deveria ter saído.
O MARAJÁ ZECA PIRES CURTINDO TODAS AS BENESSES DO PODER.
A CABINE DUPLA L200 TRITON PARA O SECRETÁRIO DA CASA CIVIL.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
DISCURSOS E ACERTOS ! ! !
Todos temos acompanhado nos últimos anos a cantilena política de preservação ambiental. Quando estão no palanque o discurso é fácil e convincente. Quando vencem a eleição mandam às favas qualquer compromisso de proteção ao meio ambiente. Este fato também tem acontecido aqui em Jundiaí. Incontáveis ilegalidades ambientais tem sido cometidas na cidade sob os olhares omissos de nossas medíocres autoridades. Hoje temos nestas terras mais um triste exemplo disso. Na gestão passada da tucanada a prefeitura de Jundiaí recebeu do governo federal a quantia de R$ 500 mil para a construção do Parque Guapeva, onde fizeram algumas obras não sendo o projeto concluído. O atual governo do PCdoB/PT recentemente comunicou à toda cidade que o parque não seria mais construído e que seriam feitas no local apenas algumas compensações paisagísticas. Algum tempo depois deste comunicado a verdade apareceu. Naquela região seria erguido um mega condomínio e a construção do parque prejudicaria o dito empreendimento já aprovado pela prefeitura sendo que os eminentes responsáveis pela obra disseram aos quatro ventos da cidade que fizeram um acordo com o executivo. Estranhamos essa história de acordo e resolvemos levantar alguns dados sobre o assunto. Pois é. Essa obra só poderia ter sido aprovada com algum tipo de acordo dada a sua situação de ilegalidade. O condomínio em questão está localizado na Rua Vigário J.J. Rodrigues, em frente ao nosso antigo escadão, cujo limite de construção chega à margem do Rio Guapeva. Caros amigos, aí está a ilegalidade. O novo Código Florestal proibiu a supressão de florestas e as demais formas de vegetação e limitou a exploração econômica nos lugares referidos pelo art. 2º como área de preservação permanente. O art. 2º diz o seguinte:
Art. 2° Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas:
a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima será:
1 - de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
2 - de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura;
3 - de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
4 - de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;
5 - de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;
Oras bolas, a construtora MPD, responsável pelo condomínio, está realizando a sua obra praticamente no limite do leito do Rio Guapeva contrariando o que diz o Código Florestal sendo este uma lei federal. Diante disso entende-se que o acordo feito com a prefeitura tem características muito nebulosas já que nenhum tipo de acerto pode pisotear qualquer lei, como parece estar ocorrendo neste caso. Desta forma os discursos de preservação ambiental não passam de mais uma enganação dos políticos de nossa cidade que, na realidade, estão a serviço da especulação imobiliária que deita e rola aqui em Jundiaí.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
LIGAÇÕES MISTERIOSAS ! ! !
Foi publicado na Imprensa Oficial do Município de 29 de janeiro de 2014 o extrato de um contrato firmado entre a prefeitura de Jundiaí e a Sociedade Padre Anchieta de Ensino Ltda. cujo objetivo é a oferta de vagas para o curso de graduação em Pedagogia, os quais serão destinados aos Agentes de Desenvolvimento Infantil. O valor do contrato é de R$ 2.310.030,00. Detalhe: Não houve licitação pública para esta contratação. Não vamos comentar aqui se esta instituição de ensino possui ou não a qualificação para esse tipo de trabalho. O que nos intriga é o relacionamento íntimo existente entre esta escola e a prefeitura. Vamos aos fatos. Há alguns anos o Núcleo de Práticas Jurídicas das Escolas Padre Anchieta mantém um ótimo contrato de prestação de serviços com a prefeitura. Apenas por uma coincidência, é claro, parentes dos diretores do núcleo e da faculdade de direito são comissionados no executivo local. Quando assumiu o nobre cargo de Secretário de Educação, Durval Orlato levou para a sua assessoria, em cargo de confiança, uma ex-diretora das escolas Padre Anchieta. Durante o exercício de seu mandato como deputado federal, Durval Orlato fez uma pressão enorme junto ao então Ministro da Educação, Tarso Genro, no sentido de que fosse criado o Centro Universitário Padre Anchieta cujo objetivo era o aumento do número de cursos e da quantidade de vagas na instituição, meta esta plenamente alcançada. Posteriormente, no ano de 2010, o então vereador Durval Orlato, com o coração repleto de felicidade e emoção, concedeu ao insigne Centro Universitário Padre Anchieta a medalha Petronilha Antunes. Caros amigos, qual é o cimento que une de maneira tão cordial as Escolas Padre Anchieta e a prefeitura de Jundiaí ? De onde vem este claro sentimento fraternal entre a douta instituição privada de ensino e o poder público local ? Pois é. Seriam respostas que nem o Prof. Pedro Clarismundo Fornari, fundador das Escolas Padre Anchieta em 8 de dezembro de 1941, poderia nos oferecer. Segue abaixo o extrato do contrato entre a prefeitura de Jundiaí e as Escolas Padre Anchieta:
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