sexta-feira, 14 de agosto de 2009

QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ ! ! !

Infelizmente o Ministério Público já não é mais o mesmo. É uma pena. Vamos aos fatos. Durante a campanha eleitoral de 2008, a Delegacia de Investigações Gerais da Polícia Civil de Jundiaí convocou uma reunião com os vigilantes noturnos sob o argumento de entregar carteirinhas. Na verdade era uma reunião de campanha para apoiar Miguel Haddad. A Justiça Eleitoral recebeu denúncia sobre o fato e, após comprovação das irregularidades, cassou o registro de candidatura de Miguel Haddad. Hoje esta cassação está no TSE aguardando julgamento. Paralelamente à questão eleitoral, o caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo devido à presença do chefe da DIG na época, Dr. Florisval Silva Santos, na reunião eleitoral em horário de expediente. Além disso, o Juízo Eleitoral encaminhou denúncia ao Ministério Público para investigação de possível ato de improbidade administrativa. Muito bem. Há questão de três semanas recebemos a informação de que o MP pediu arquivamento da denúncia sobre a participação da DIG nesta reunião eleitoral. Segundo a legislação, após o pedido de arquivamento, qualquer entidade que quiser questionar o fato tem 10 (dez) dias de prazo para entrar com algum tipo de recurso ou representação. Foi o que fizemos. Dentro do prazo legal e em nome do PPS de Jundiaí, elaboramos uma representação relatando o histórico do fato e pedimos o não arquivamento da denúncia por parte do Ministério Público. Neste documento demonstramos a nossa indignação com esta hipótese de arquivamento pelo fato de que, enquanto a cidade vive um clima de total insegurança pública, autoridades policiais ao invés de se dedicarem totalmente ao seu trabalho, colocaram-se na condição de meros colaboradores da campanha de Miguel Haddad, usando inclusive um órgão público, a DIG, para a convocação da dita reunião. Com esta representação em mãos, dirigimo-nos à sede do Ministério Público Estadual em São Paulo onde protocolamos o documento em nome do PPS. Agora ficamos apenas no aguardo de que nosso pedido seja atendido para que a justiça seja feita também neste caso.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

UMA REVOLUÇÃO CONTRA AS OLIGARQUIAS ! ! !

Todos temos assistido este verdadeiro levante em todo o país contra as grandes oligarquias nacionais. Há algum tempo, com a morte de ACM, o domínio dos coronéis na política nacional começou a diminuir de intensidade. Hoje, com este mar de denúncias contra a família Sarney, parece que o coronelismo nacional está sofrendo um abalo definitivo. Em pleno século XXI não existe mais lugar para este tipo de política de cartas marcadas. O povão está indignado com os privilégios do clã dos Sarney. A grande imprensa bate diáriamente na tecla da renúncia do senador para a necessária limpeza do Senado Federal. Mas aí, nós, meros mortais e pecadores jundiaienses, não deveríamos também promover uma revolução contra a oligarquia local ? SEM A MENOR SOMBRA DE DÚVIDA QUE SIM. Só que por aqui teríamos algumas dificuldades: 1) A oposição na Câmara Municipal conta apenas com 2 vereadores contra 14 da oligarquia; 2) A imprensa local está quase toda ela do lado dos coronéis, que formam a oligarquia jundiaiense, porque recebem verbas de publicidade da prefeitura. Não vamos aqui nem falar da omissão consciente de vários segmentos da cidade que se acomodaram diante dos favores concedidos pelo grupo político dominante. De qualquer forma, mesmo com as dificuldades existentes, é preciso levarmos a cabo uma revolução anti-oligarquia em Jundiaí através da qual a população deverá varrer para a lata do lixo toda esta imundíce política que danificou o município nos últimos 20 anos. Este grupo nefasto que domina o Executivo, o Legislativo e tem muitos amigos no Judiciário, precisa ser alijado da política local deixando a cidade sintonizada com o movimento nacional pelo fim do domínio do coronelismo na política. Jundiaí é grande e importante demais para continuar sendo refém dos interesses imobiliários de duas famílias.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A POLÍCIA FEDERAL PRECISA VIR AQUI ! ! ! ( II )

A POLÍCIA FEDERAL PRECISA VIR AQUI ! ! ! ( I )

A Polícia Federal prendeu 11 pessoas nesta segunda-feira durante a Operação Pacenas, que investiga fraudes em licitações envolvendo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá. Irregularidades semelhantes foram verificadas na licitação para obras do PAC em Várzea Grande, segundo o Tribunal de Contas da União. Ao todo, os contratos irregulares nas duas cidades previam R$ 400 milhões em obras. Durante a operação em Cuiabá, foram presos empresários do setor de construção civil e funcionários públicos. Entre os presos estão o suplente de deputado estadual Carlos Avalone Júnior (PSDB), que é vice-presidente da Federação das Indústrias do Mato Grosso e empreiteiro; Anildo Lima Barros, também diretor da federação e ex-prefeito de Cuiabá; o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil, Luis Carlos Richter Fernandes; Alexandre Schutz, presidente do Sincop (Sindicato da Construção Pesada); e o procurador-geral da prefeitura de Cuiabá, José Antônio Rosa. As prisões foram decretadas pelo juiz federal da 1ª Vara de Mato Grosso Julier Sebastião da Silva. Avalone e Rosa são ligados ao prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). A pergunta que não quer calar é a seguinte: E aqui em Jundiaí ? Toda a cidade é testemunha da valorização de empreendimentos imobiliários particulares ocorrida pelas obras feitas com as verbas do PAC. Oras bolas, será que a Polícia Federal sabe que Jundiaí está no mapa ? Pois é. Se a PF fizer uma investigação profunda no município muitas lideranças políticas, que vivem fazendo pose na imprensa, irão parar atrás das grades, como aconteceu em Cuiabá. Então vamos lá nobre Polícia Federal. O povo de Jundiaí quer vocês aqui.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

HISTÓRIAS QUE SE PERDERAM NO TEMPO ! ! !

Era o ano de 1982. Estava chegando ao final o segundo mandato do prefeito de então, o Professor Pedro Fávaro. Um político que mostrou, em sua vida pública, ser perfeitamente possível a honestidade e a política caminharem juntas. Naquele tempo, era deputado estadual um cidadão ligado à área agrícola da cidade. O tal deputado reuniu um grupo de moradores e foi ao gabinete do prefeito para fazer uma reivindicação. Chegando lá, o Professor os recebeu com muita gentileza. Foi quando o deputado disse o motivo de sua visita:

- " Prefeito, nós viemos aqui pedir para o senhor construir um viaduto lá no bairro da Barreira (hoje Vila Rio Branco). A população está pedindo isso ".

- Responde o prefeito: " Ora deputado, este viaduto que o senhor está pedindo eu acabei de inaugurar. Ele passa por cima da estrada de ferro ".

- Insiste o deputado: " Mas prefeito não sou eu quem quero, é o povo ".

- Continua o prefeito: " Tudo bem. Eu construo outro. Mas a prefeitura só vai arcar com 50% do custo da obra. Os outros 50% o senhor tem de conseguir junto ao governador ".

- Retruca o deputado: " Mas prefeito, assim não dá né ? O senhor sabe que como deputado nóis não consegue nada com o governador ".

- Então arremata o prefeito: " O senhor é deputado estadual e não consegue nada com o governador ? Por que o senhor não renuncia ao seu mandato ? "

Resultado: A conversa terminou alí mesmo e o tal viaduto que o "povo" queria, jamais foi construído. Saudades daqueles tempos onde o prefeito Pedro Fávaro adicionava uma postura de dignidade à política local. Hoje, o que sobrou daquela época foi o tal deputado e seus parceiros, que até os nossos dias continuam tendo uma presença política nefasta para os interesses de Jundiaí.