FOTO: O prefeito Luiz Fernando Machado, do PSDB, declarou apoio ao candidato nazista à presidência da república, Jair Bolsonaro, que deseja trazer de volta a ditadura militar no Brasil.
As eleições gerais no país em seu 1º turno sepultaram de vez o PSDB no país. A pá de cal neste partido ocorrerá com a derrota de João Dória em São Paulo, resultado que parece inevitável.
Com esta derrota iminente, os componentes do partido já começam a se movimentar para tentarem a sua sobrevivência política. Este é o caso do prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado.
Dias atrás o alcaide se manifestou publicamente sobre o 2º turno da eleição presidencial da seguinte forma: " Não podemos permitir a volta da esquerda e do PT ao poder. A minha luta política sempre será a favor de um país seguro e desenvolvido para todos. Por isso, é hora de nos mobilizarmos para vencer essa disputa ".
Esta nota deixa bem claro que o prefeito Luiz Fernando Machado, que discursa a favor da democracia e de um país seguro e desenvolvido, apoiará o candidato nazista Jair Bolsonaro.
Diante da ignorância política e histórica do político carreirista Luiz Fernando Machado, é preciso fazermos aqui uma breve resenha do que o alcaide jundiaiense estará apoiando.
A partir de 1969 foi criada em São Paulo a Operação Bandeirante (OBAN), um organismo misto formado por oficiais das três Forças Armadas e por policiais civis e militares. A OBAN foi financiada por empresários paulistas que estabeleceram um sistema fixo de contribuições. Também serviu de modelo para a criação, em 1970, dos Centros de Operação e Defesa Interna (CODI) e os Destacamentos de Operação Interna (DOI). Os DOI-CODI estavam sob o comando do Ministro de Exército, Gen. Orlando Geisel, e conduziram a maior parte das operações de repressão nas cidades atuando sempre em conjunto.
O DOI-CODI em São Paulo funcionava na Rua Tutoia, nº 921, local considerado como o maior centro de extermínio do Brasil, onde foi morto sob tortura o jornalista Vladimir Herzog, na época editor chefe da TV Cultura de São Paulo. Eram seis selas subterrâneas e uma sela solitária. Tinha salas de tortura e de interrogatório nos fundos do prédio com cadeira do dragão, pau de arara e outras ferramentas de tortura.
Entre os principais financiadores da ditadura militar estavam a Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e o Bradesco. Também contribuíram o banqueiro Gastão Vidigal, dono do Banco Mercantil, os empresários Israel Klabin, presidente da Klabin, José Ermírio de Moraes, da indústria de cimento Votorantim, Henri Burke, da Gerdau e Henning Albert Boilesen, presidente da Ultragaz. No que diz respeito ao presidente da Ultragaz, ele acompanhava presencialmente as sessões de tortura.
Todo este aparato era comandado pessoalmente pelo criminoso covarde coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, homenageado pelo candidato Jair Bolsonaro que deverá receber apoio total do prefeito de Jundiaí.
É uma catástrofe constatarmos que o governo da cidade apoiará um candidato que quer trazer de volta os chamados anos de chumbo, onde milhares de pessoas morreram sendo torturadas por frios assassinos que se esconderam dentro da farda do exército.
Sem dúvida nenhuma o prefeito Luiz Fernando Machado será cobrado no futuro sobre esta sua postura ridícula e desastrosa, oferecendo um apoio profundamente lamentável à volta da ditadura militar no Brasil.
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
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