A Serra do Japi situa-se na zona de amortecimento da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, que é parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica.
Cerca de 62% da população brasileira, ou seja, 110 milhões de pessoas vivem no domínio da Mata Atlântica e dependem de sua conservação para garantir água, regulação do clima, fertilidade do solo e outros serviços ambientais indispensáveis para a sua sobrevivência.
Todo este patrimônio ambiental espetacular está seriamente ameaçado pela especulação imobiliária. Um destes especuladores aqui em nossa terra é o deputado federal Miguel Haddad.
Há algum tempo, o deputado federal Miguel Haddad e seus irmãos implantaram na estrada de Itu, vizinho à CBC, um loteamento industrial chamado Multivias. Este empreendimento, em sua 1ª fase, atingiria 400.000 m2 e em sua 2ª fase, outros 1.100.000 m2. Tudo isso próximo à zona de amortecimento e aos pés da Serra do Japi.
No total foram desmatados 1.500.000 m2 de mata nativa onde foram aterrados lagos e nascentes de água que, segundo a legislação ambiental em vigor, representa crime ambiental inafiançável.
Confiram nas fotos abaixo o tamanho da devastação e da tragédia ambiental promovida pela empresa do deputado federal Miguel Haddad, do PSDB, tendo ao fundo a Serra do Japi:
Recentemente o mesmo deputado federal Miguel Haddad através de uma outra empresa da qual é sócio, a Área Urbanização e Loteamentos Ltda., lançou um outro condomínio de luxo, agora residencial, chamado Brisas da Mata localizado no Gramadão, um bairro situado na região Oeste da cidade e que tem limites com a Serra do Japi.
O mais incrível de toda esta calamidade é que os órgãos ambientais estaduais, a CETESB e o DEPRN, aprovaram tudo isso de maneira profundamente lamentável, não se preocupando com os desastres ambientais irreversíveis que podem resultar destes empreendimentos.
A ganancia por propriedades e por dinheiro dos especuladores imobiliários está colocando em sério risco a sobrevivência da Serra do Japi. A população precisa se mobilizar contra isso, sob pena de assistir passivamente a extinção deste extraordinário santuário ecológico.
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
O POVO ABANDONADO ! ! !
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo acaba de julgar irregular o processo das comprovações da aplicação dos recursos repassados pela prefeitura de Jundiaí ao Hospital São Vicente durante o ano de 2015, durante a gestão do ex-prefeito Pedro Bigardi.
O valor dos repasses chegou a R$ 11.155.540,43.
Segue abaixo os principais argumentos do TCE-SP sobre o assunto:
- O relatório de atividades apresentado de forma genérica, sem distinguir os convênios e respectivas fontes de recursos, não sendo possível verificar o cumprimento do quanto proposto no plano de trabalho.
- A entidade não apresenta balanços por projeto, contabilizando de forma conjunta todas as receitas auferidas, sejam próprias ou provenientes de outros repasses.
- Passivo descoberto crescente, sobretudo em razão de empréstimos bancários, com valor total correspondente a 112,58% da receita anual do hospital.
- Ausência de demonstrativos contábeis que se refiram especificamente ao convênio, inviabilizando a análise dos registros das receitas e despesas por conta, exclusivamente, do convênio.
- Ausência de termo de cessão de bens móveis.
- Ausência de Manifestação dos Órgãos de Controle Interno da Origem.
- Não encaminhamento da certidão contendo o nome dos conselheiros da entidade, e dos termos de cessão de bens.
Entra governo, sai governo, e a administração do hospital continua uma esbórnia. Pelo posicionamento do tribunal, não existe controle nenhum sobre o dinheiro que transita na entidade. É tudo na base do vale tudo.
O resultado está diante dos nossos olhos. Uma dívida superior a R$ 240 milhões contraída durante décadas de desmandos de toda a ordem.
Quem paga por esta negligência toda é o povo, pois os prefeitos que se sucedem quando precisam de atendimento hospitalar se dirigem ao Hospital Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa, Oswaldo Cruz, etc...
É a falência moral da administração pública.
Para lerem a sentença do TCE-SP na íntegra cliquem aqui.
Assinar:
Postagens (Atom)