Diz um velho ditado: "Quanto mais se reza, mais assombração aparece".
É a mais pura verdade. No que diz respeito à vida política nesta cidade, essa é uma realidade incontestável. O que existe de assombração pelas ruas de Jundiaí não é brincadeira. É muito tenebroso tudo isso.
Dias atrás tomávamos um café em uma das lanchonetes do centro da cidade quando alguns amigos entraram no local para se alimentarem com alguns salgados e super gelados refrigerantes.
Durante a conversa descontraída que tivemos, um deles disse que o ex-prefeito Miguel Haddad estava andando pelos bairros da cidade conversando com a população. E completou com uma previsão catastrófica: O tucano Miguel Haddad está em campanha.
Diante de nossa incredulidade foram colocados muitos argumentos que nos deixaram em dúvida sobre o que um cidadão que se refestelou com a política por mais de 30 anos ainda quer dela.
Saímos daquele café com o fígado doendo. Não podemos acreditar que este sujeito ainda queira se eleger para alguma coisa aqui em Jundiaí.
Um escárnio. Um desplante. Um descaramento sem limites.
Neste momento nos lembramos de um discurso feito pelo saudoso ex-prefeito Pedro Fávaro durante uma homenagem que recebeu na Câmara Municipal de Jundiaí há muitos anos.
Sábias palavras do professor que cabem muito bem neste momento:
" Não deixemos que usem nossos cidadãos, que nos usem, como peças insignificantes no tabuleiro que armaram. Infelizmente o nosso voto deixou de ser arma preciosa para a consolidação da democracia.
Que ele seja, ao menos, a expressão de nossa indignação, de nosso repúdio, de nosso protesto e de nosso alerta, como cidadãos e como brasileiros ". ( Prof. Pedro Fávaro - Ex-Prefeito de Jundiaí )
sexta-feira, 5 de abril de 2019
quarta-feira, 3 de abril de 2019
NO BANCO DOS RÉUS ! ! !
A Serra do Japi é uma pequena cadeia montanhosa localizada no sudeste do estado de São Paulo. Com seus 354 quilômetros quadrados de área, cujo ponto culminante atinge 1.260 metros de altitude, a Serra do Japi apresenta um grande número de espécies e vegetais.
A região é um raro remanescente da Mata Atlântica no interior do estado de São Paulo. As belezas naturais constituídas de matas secundárias em solo de quartzo, são dignas de preservação como fatores de equilíbrio ecológico e climático. Foi tombada pelo CONDEPHAAT através da Resolução 11 datada de 8 de março de 1993 e declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO em 1992.
A Serra do Japi também representa uma das últimas grandes áreas de floresta contínua do Estado de São Paulo e é o testemunho de uma flora e fauna exuberante que existiam em grande parte na região sudeste do Brasil, constituindo-se num importante refúgio para a fauna remanescente dos planaltos cristalinos do Estado de São Paulo.
Todo este verdadeiro santuário ecológico vive sob constante ataque dos especuladores imobiliários e das empresas da cidade que utilizam grandes quantidades de água como componente de sua produção.
Recentemente o prefeito Luiz Fernando Machado publicou um decreto de desapropriação da Fazenda Ribeirão com o objetivo, segundo ele, de construir uma nova represa dentro do território da Serra do Japi, um projeto altamente duvidoso e que está sendo muito contestado.
O executivo municipal argumenta que a cidade tem pouca água e que podemos ter racionamento no futuro se não for construída a represa naquela região. Este argumento contraria frontalmente o costumeiro discurso do PSDB em suas campanhas eleitorais quando dizem para toda a população que a cidade de Jundiaí tem água suficiente para 50 anos.
Fica claro que este é um discurso eleitoreiro e totalmente mentiroso.
Assim sendo, diante de mais esta ameaça de depredação da Serra do Japi, em 29/03/2019, foi protocolada no Fórum local uma Ação Popular cujos réus são a Prefeitura Municipal de Jundiaí e a DAE S/A.
Ao final os autores pediram a suspensão imediata dos efeitos do Decreto nº 28.024, de 06 de fevereiro de 2019, publicado na Imprensa Oficial do Município aos 15 de fevereiro de 2019, que declarou de utilidade pública toda a área de terra da Fazenda Ribeirão necessária para implantação do sistema de abastecimento de água denominado " Sistema Caxambu ".
Para conferirem os detalhes desta Ação Popular cliquem aqui.
segunda-feira, 1 de abril de 2019
CONVERSA SINISTRA ! ! !
Dia desses esperávamos um amigo para um compromisso na cidade quando ouvimos uma conversa enigmática e sombria.
O local em que estávamos era próximo a um ponto de ônibus. Estava sentado ali um cidadão que conversava animadamente ao celular. Quando em determinado momento ele disse o seguinte:
- " Estamos num mato sem cachorro. Este país está no fim. Eles mandam em tudo e dominam o governo ". Uma pausa e continua: " Isso mesmo. A Opus Dei manda no governo. Foi fundada pelo padre Josemaría Escrivá. Por isso que esse país está na merda em que está ".
Queríamos muito continuar escutando esta conversa mas o nosso amigo chegou. Subimos em seu carro e fomos embora. Mas aquele diálogo não saiu de nossa cabeça. Mais tarde, após o compromisso cumprido, abrimos a internet para sabermos mais um pouco sobre a Opus Dei.
A Opus Dei foi fundada no dia 2 de outubro de 1929 por Josemaría Escrivá de Balaguer, sacerdote fascista espanhol canonizado em 2002.
Segundo John Allen Jr., jornalista da CNN, a Opus Dei apoiou os nacionalistas franquistas contra os republicanos e comunistas na sangrenta e violenta guerra civil espanhola.
As críticas à Opus Dei têm-se centrado em alegações de recrutamento controverso, excessiva rigidez das regras que governam os seus membros, elitismo e misoginia, além de apoio ou participação em governos autoritários, especialmente o governo franquista da Espanha.
Em sua história, a Opus Dei colecionou críticos. Alguns mais radicais chegam a chamá-la de "máfia santa". Outros a acusam de ser "uma Igreja dentro da Igreja", com poderes excepcionais e muito dinheiro sendo colocado a serviço de um conservadorismo atroz.
Em parte, essa fama se deve às estreitas relações que a organização cultivou com o regime fascista do ditador espanhol Francisco Franco, de 1939 a 1975. O sacerdote Josemaría Escrivá, fundador da Opus Dei, ouvia pessoalmente as confissões do "generalíssimo", como Franco era conhecido, e muitos integrantes ou colaboradores da Opus Dei foram nomeados ministros de Estado enquanto durou a ditadura espanhola.
No Brasil o jurista Ives Gandra da Silva Martins foi um dos fundadores da Opus Dei no início da década de 1960.
O crescimento desta organização no Brasil dependeu das bênçãos dos generais e dos vínculos com poderosas empresas. É desta fase a construção da sua estrutura de fachada: Colégio Catamarã (SP), Casa do Moinho (Cotia) e Editora Quadrante. Também criou uma ONG para arrecadar fundos: OSUC (Obras Sociais, Universitárias e Culturais), que recebe até hoje doações do Itaú, Bradesco, General Motors e Citigroup.
Segundo aquele cidadão do ponto de ônibus, é essa gente que manda no governo e domina o país. Pobre Brasil.
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