OS R$ 8 MILHÕES E O MINISTÉRIO PÚBLICO ! ! !

Há algumas semanas, num sábado pela manhã, fizemos uma grande panfletagem na região central da cidade a respeito dos R$ 8 milhões que saíram dos cofres do BNDES mas não entraram nos cofres da prefeitura de Jundiaí para a construção do SITU, de acordo com a matéria jornalística publicada no jornal Folha de São Paulo.

Na segunda-feira seguinte o deputado federal Miguel Haddad foi à imprensa local dizer que não havia nada de errado com as obras e o financiamento conseguido por ele junto ao BNDES destinado aos terminais urbanos da cidade.

Esta postura mostrou claramente que o parlamentar tucano não vai mexer uma palha sequer no sentido de que a CPI do BNDES investigue o referido contrato na época em que ele era prefeito de Jundiaí.

Assim sendo, em nome do PCB, protocolamos uma representação junto à Promotoria de Justiça de Jundiaí através da qual solicitamos:

1) Ao Egrégio Ministério Público do Estado de São Paulo que abra uma investigação profunda sobre a construção do SITU e sobre o paradeiro destes R$ 8 milhões, relativos ao polpudo empréstimo efetivado pela prefeitura de Jundiaí junto ao BNDES, quantia esta que não deu entrada nos cofres públicos municipais.

2) Que o Ministério Público do Estado de São Paulo oficie à CPI do BNDES em Brasília solicitando o afastamento do deputado federal Miguel Haddad da referida comissão pelo fato deste parlamentar ter sido prefeito municipal na época deste sinistro desaparecimento financeiro e, portanto, não possui a isenção necessária para levar a bom termo as investigações sobre aquela instituição.

Alguém vai ter de responder pelo ocorrido. Esta questão não pode ficar por isso mesmo. Não é possível que R$ 8 milhões do dinheiro público evaporem pelos céus deste Brasil varonil e não aconteça absolutamente nada. Enfim, nós confiamos no Ministério Público no exercício de seu mister de defender os interesses da cidadania.

TEMPOS DE HONESTIDADE ! ! !

" Não deixemos que usem nossos cidadãos, que nos usem, como peças insignificantes no tabuleiro que armaram. Infelizmente, o nosso voto deixou de ser arma preciosa para a consolidação da democracia. Que ele seja, ao menos, a expressão de nossa indignação, de nosso repúdio, de nosso protesto e de nosso alerta, como cidadãos e como brasileiros ".

Prof. Pedro Fávaro
Ex-Prefeito de Jundiaí