sábado, 4 de outubro de 2008

A HISTÓRIA DO JJ E DA RÁDIO DIFUSORA ! ! ! ( III )

JORNAL DIÁRIO DE JUNDIAÍ

QUARTA-FEIRA, 1 DE MARÇO DE 1967

ANO V - N° 1278

( CONTINUAÇÃO DA MATÉRIA )

" Em outubro de 1963, o Círculo Operário Jundiaiense obteve despacho favorável na liminar em que pleiteou reintegração de posse dos dois órgãos de difusão, Rádio Difusora Jundiaiense e jornal "A FOLHA", isto após uma brilhante inicial feita pelo advogado Arnaldo Machado, que relata minuciosamente toda a vida desses órgãos, assim como aborda, de passagem, o caso do prédio da Rua Barão de Jundiaí. Os diretores do Círculo compareceram, acompanhados de um Oficial de Justiça, a fim de cumprirem o despacho judicial. O despacho dizia no final: "Ressalvados os direitos societários do réu". Isso foi o suficiente para que a posse fosse tumultuada com gritos e ameaças a ponto de confundir o próprio Oficial de Justiça, que pediu encarecidamente aos diretores do Círculo que se retirassem por medida de prudência, até novas providências do Juiz de Direito.
No dia 2 de novembro, agora acompanhados do advogado Arnaldo Machado e dos revmos. Padre Antonio Maria Stafuzza, vigário da Matriz de Santa Terezinha, padre Thomaz Moliani, vigário de Vila Arens e de diretores e congregados marianos, todos como convidados e munidos apenas do mandato judicial, compareceram novamente os diretores do Círculo. O tumulto que da primeira vez ficara apenas em ameaças, desta vez se degenerou em conflito quando Tobias Muzaiel, seu irmão e mais um cunhado arrombaram as portas do jornal onde os diretores do Círculo haviam iniciado o tombamento das máquinas e acessórios. O tumulto se alastrou pela rua. Tanto as portas do jornal como a da rádio foram arrombadas. A polícia foi chamada por Tobias, que ordenava a prisão de todos. O tenente Edno Zomignani, à vista de exibição do mandato judicial, solicitou ao advogado Arnaldo Machado e aos diretores do Círculo que fossem à Delegacia de Polícia parlamentar com o Dr. Bonelli, uma vez que essa autoridade policial estava impossibilitada de comparecer ao local.
Na Delegacia de Polícia foi lavrada fôlha de ocorrência e o Delegado pediu que todos se retirassem para suas casas e que aguardassem o pronunciamento da Justiça. Entretanto, para espanto geral, adentrou o gabinete do Delegado o advogado Muzaiel Feres Muzaiel trazendo consigo um "pé de cabra" dizendo que os diretores do Círculo e mais os dois vigários haviam arrombado a porta da Rádio com aquele instrumento e de lá haviam surrupiado documentos importantes. Fez mais. Elaborou uma representação, indiciando como arrombadores e como autores de furto de documentos, os seguintes elementos: Padre Antonio Maria Stafuzza, Padre Thomaz Moliani, José Seckler Machado, José Maria do Monte Carmello, Armando Dainese e outros elementos.
Esse processo, conquanto despido de qualquer prova, tramitou irregularmente por 7 meses na polícia, mesmo porque, a única prova do arrombamento havia sido levada pela própria parte denunciante. Mas, a finalidade desse processo era bem outra. Durante esse período, Tobias Muzaiel, quer pessoalmente, quer através de seus advogados, tentou obter uma acomodação com o Círculo, ora oferecendo a retirada da queixa, ora ameaçando novas cargas. Nada porém, comprou a honestidade do presidente do Círculo, que lutou até o final do processo, sem arredar um milímetro sequer e sem fazer a mínima concessão que pudesse fazer com que o usurpador se refestelasse na cômoda poltrona montada à custa do Círculo.
Nem os sacerdotes atingidos pela insensatez mereceram a atenção do garoto. A sua intenção era de atingir o clero através dos dois sacerdotes injuriados para ver se com isso esse mesmo clero, premido pelo medo de um escândalo, forçasse o Círculo a um acôrdo. Essa intenção ruiu fragorosamente, tanto pela decisão da justiça como pela própria serenidade dos acusados que nela confiaram.
Há processos ainda pendentes na Justiça, assim como há uma decisão final do CONTEL. Mas, justiça é justiça. Justiça é uma coisa que não se pede: exige-se. Lamenta-se a sua morosidade e não se pode exigir que ela caminhe como a gente deseja e isto tem propiciado ao usurpador ocasiões para mais se locupletar, chegando mesmo ao cúmulo de dirigir petições em nome da Rádio Difusora Jundiaiense quando o CONTEL já informou que ele não é cotista, portanto, sem nenhuma qualidade para falar, quanto mais para subscrever documentos oficiais perante a Justiça ".

A HISTÓRIA DO JJ E DA RÁDIO DIFUSORA ! ! ! ( II )

JORNAL DIÁRIO DE JUNDIAÍ

QUARTA-FEIRA, 1 DE MARÇO DE 1967

ANO V - N° 1278

" A FOLHA foi adquirida pelo Círculo Operário Jundiaiense de Tibúrcio Estevam de Siqueira, em 1945 aproximadamente. Era jornal bi-semanário. Na época, o presidente do Círculo era o Sr. Francisco Pessolano, que entregou a responsabilidade do jornal ao padre Otávio de Sá Gurgel, fundador do COJ e elemento que arranjava o numerário para o funcionamento regular do jornal. Inclusive, conseguiu o prefixo da Rádio Difusora Jundiaiense, que nasceu no ano de 1946, precisamente no dia 24 de junho. Portanto, até essa data, o padre Gurgel lutava e conseguia dar a Jundiaí uma emissora de rádio, além de possuir o jornal " A FOLHA ".
O prédio dos dois órgãos de divulgação foi adquirido pelo Círculo Operário Jundiaiense junto ao Sr. Alex Saska Sandor, em 1947, por 240 mil cruzeiros, a prestações. A escritura só foi passada em 1962, quando Tobias Muzaiel se apresentou como diretor-superintendente da Rádio Difusora Jundiaiense e mandou que a escritura fôsse passada em nome da Rádio e não do Círculo.
O padre Gurgel dirigiu a Rádio e "A FOLHA", realmente, de 1945 a 1947. Em fins de 1947, surge o Padre Adalberto de Paula Nunes, como diretor-responsável pelos dois órgãos, em vista da saída do padre Otávio, que foi removido para Jaguarão, no Estado do Rio Grande do Sul.
A Rádio Difusora Jundiaiense, ao ser entregue em mãos do padre Adalberto, possuia a seguinte constituição legal: Padre Gurgel-96 cotas de mil cruzeiros; João Moreno(presidente do COJ)-1 cota; Vital Gurgel Guedes(gerente de "A FOLHA")-1 cota; Mário Piola (tesoureiro do COJ)-1 cota; José Alves de Oliveira (técnico de rádio)-1 cota. Quando o padre Otávio Gurgel se retirou, o padre Adalberto foi procurá-lo em Jaguarão para que lhe fossem transmitidas as 96 cotas. Houve relutância do padre Otávio, mas o padre Adalberto conseguiu uma ordem expressa do Cardeal Mota para que estas cotas fossem transferidas para um bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. O padre Adalberto,então, deu o nome de D. Antonio Rolim Loureiro, recusado pelo padre Otávio, que só aquiesceu transferir estas cotas para D. Antonio Maria Alves de Siqueira. Êste, ficou com as cotas sem saber o que fazer delas. Eram uma brasa em suas mãos. Foi quando surgiu um dos maiores vivaldinos já aparecidos em Jundiaí: O Sr. Carlos Hermany Ferriani.
A história prossegue: Dom Antonio ordenou serem as cotas restantes negociadas com os cotistas remanescentes do COJ, que deviam usar direito de prioridade na compra. Sendo o preço da cota muito alto e contrariando frontalmente a lei e os regulamentos do Código de Telecomunicações, os cotistas José Alves de Oliveira e Mário Piola não quiseram adquirí-las por conhecerem perfeitamente as disposições legais que proibem terminantemente transações sem anuência daquele órgão federal, antigo Conselho de Técnica de Rádio, hoje CONTEL.
Carlos Hermany adquiriu, então, as cotas de João Moreno e Vital Gurgel Guedes, uma de cada um e mais 43 de Dom Antonio Siqueira, gratuitamente. Também o padre Adalberto foi premiado com cotas da Rádio Difusora, em número de 53, permanecendo ainda os Srs. Mário Piola e José Alves de Oliveira, com 1 cota cada um, totalizando assim 100 cotas.
Forma-se então a Sociedade: padre Adalberto, com 53 cotas; Carlos Hermany, com 45 cotas; Mário Piola e José Alves de Oliveira, 1 cada. Assim o CONTEL registrou a Rádio Difusora Jundiaiense. A sociedade durou até a data em que o garoto propaganda deixou o Canal 5 e voltou a Jundiaí para tentar melhor sorte, tornando-se empregado (locutor) da firma. Decorridos menos de 1 ano, após a formação da sociedade aprovada pelo CONTEL, Carlos Hermany perdeu o ambiente e tornou-se elemento indesejável.
Surge então a transferência das cotas para Tobias Muzaiel que, não menos vivaldino, coloca a margem da sociedade, que constituia a Rádio Difusora Jundiaiense, os Srs. Mário Piola e José Alves de Oliveira.
Tobias Muzaiel e o padre Adalberto mandaram ao CONTEL, uma nova constituição social da firma, em que figuravam sómente os dois. O CONTEL recusou e considerou os Srs. Piola e Oliveira como legítimos cotistas, principalmente o segundo, que era o responsável pelo setor técnico da emissora.
Ambos resolveram a coisa de modo fácil e passaram a usar o nome de Mário Piola e José Alves de Oliveira, à revelia dos dois, inclusive nos balanços da emissora.
No ano de 1962, morre o padre Adalberto de Paula Nunes. Aí começa o segundo capítulo de uma escabrosa novela ". ( CONTINUA )

A HISTÓRIA DO JJ E DA RÁDIO DIFUSORA ! ! ! ( I )

Meu caro blogueiro. Você vai conhecer agora detalhes das origens do Jornal de Jundiaí e da Rádio Difusora Jundiaiense. Estes veículos de comunicação pertenceram, por muito tempo, ao Círculo Operário Jundiaiense que era dirigido pelo Padre Adalberto de Paula Nunes. Este episódio pertence à história longínqua da cidade e, por isso, muita gente não conhece. Estes fatos, que serão colocados aqui, foram retirados do livro " Primórdios da Diocese de Jundiaí ", cujo autor é o Padre Antonio Maria Toloi Stafuzza, que foi vigário da Matriz de Santa Terezinha. ( CONTINUA )

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

IMPRENSA AJOELHADA ! ! !


Neste final de campanha grande parte dos veículos de comunicação estão fazendo um esforço enorme para eleger o candidato Miguel Haddad. Na foto acima, por exemplo, o tucano, já sem mandato nenhum, foi convidado de honra na inauguração do jornal Bom Dia Jundiaí. Na edição de hoje, a manchete deste diário já aponta Miguel Haddad como vencedor do pleito. O que podemos dizer é que, na cidade, existem setores da imprensa que não tem compromisso com a informação. Salvo alguns jornalistas idealistas que produzem boas matérias, mas que são mutiladas pelos interesses dos donos dos jornais, a maioria destas empresas estão de joelhos, esperando as migalhas produzidas pelas verbas de publicidade constantes do orçamento municipal. Um dos preceitos básicos de qualquer democracia que se preze é o direito à informação, que está sendo retirado de nosso povo por falsas lideranças políticas. No final das contas o que prevalecem são os interesses de meia dúzia de espertalhões que olham Jundiaí como um mero quintal de suas casas. Mas o dia 5 está aí. Confiamos no carinho que a população tem pela cidade pois, com certeza, a maioria irá votar na oposição.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

CÔMICO. PARA NÃO DIZERMOS TRÁGICO ! ! !

Em um recurso indeferido pela justiça eleitoral, os advogados do PSDB tiveram a coragem de colocarem no papel e assinarem embaixo o seguinte absurdo: " ...fica o mesmo (juiz) impedido de sentenciar todo e qualquer feito do ora recorrente (PSDB), se, por motivos óbvios, for em prejuízo deste. Se for favorável, daí denota-se cumprimento da lei; se for contrário, pode denotar parcialidade ". QUE COISA HEIN ? Meus amigos, isso é conversa de boteco e não palavras a serem colocadas em um documento judicial. Como é que pode, advogados inscritos na OAB, profissionais que se dizem sérios, escrever uma coisa abominável destas ? Quer dizer que se for a favor do PSDB o juiz pode julgar; Se for contra ele está impedido ? É isso ? Olha, nem na época do governo Médici, no ápice da ditadura, se escreviam pérolas deste tipo. Neste momento nós devemos perguntar o seguinte: Além da sua presidente fazer pose no jornal ao lado do candidato do PSDB Miguel Haddad, qual será a manifestação da 33ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil sobre esta tragédia jurídica ? Já passou da hora da OAB deixar de ser omissa em assuntos relevantes e se posicionar em defesa da ética jurídica. O Estado de Direito não é uma peça de ficção e sim um balisamento social. Ou a OAB toma uma posição pública sobre o assunto ou vai ficar clara a sua conivência com os interesses políticos dos tucanos. O povo de Jundiaí fica aguardando uma resposta !!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

NOITES DE TERROR. PARA O PSDB, É CLARO ! ! !

Realmente os tucanos estão vivendo o momento mais sombrio de sua história, digno dos maiores clássicos de terror de Boris Karloff. Processos, multas milionárias, cassação, rejeição enorme, enfim, a maré está contra eles mesmo. Eis aqui um fato que comprova tudo isso. O PSDB entrou, no cartório da 281ª Zona Eleitoral de Jundiaí, com pedido de registro de pesquisa eleitoral elaborada pelo Instituto de Opinião Pública Estatística e Qualidade - CNPJ 00.561.773/0001-47 - com sede em Campinas. O valor pago por esta pesquisa foi de R$10.250,00. Mas vejam só que coisa esquisita. A data do protocolo, deste registro de pesquisa, no cartório foi de 24/09/08; Este pedido de registro de pesquisa foi arquivado pelo juiz eleitoral, a pedido do contratante, em 27/09/08. Ou seja: Registraram a pesquisa no dia 24 e pediram arquivamento no dia 27. O que será que tinha nesta pesquisa que o PSDB não quis divulgar ? Ora, naquela pesquisa da Hegemon correram colocar nos jornais aqueles números, fora da realidade, que favoreciam o candidato tucano. E agora ? Por que não publicaram os números encomendados por eles mesmos ? Ah bom. Agora que eu entendi aquela correria toda na semana passada. Miguel Haddad pode ter despencado nas pesquisas realizadas pelo PSDB, por isso pediram correndo o arquivamento da pesquisa na justiça eleitoral. O que assombrava os tucanos nos últimos tempos pode ter acontecido e o 2º turno das eleições municipais estaria, assim, assegurado. Neste momento decisivo da política local, o maior cantor de tango argentino Carlos Gardel, se estivesse aqui, cantaria assim: Adios muchachos compañeros de mi vida,.......