quinta-feira, 2 de abril de 2020

VÍRUS LUCRATIVO ! ! !

O prefeito Luiz Fernando Machado emitiu o Decreto Nº 28.926, de 24 de Março de 2020, que colocou a cidade em estado de calamidade pública. Vamos entender o que significa, juridicamente, o estado de calamidade pública.

A Constituição permite que em casos de calamidade pública o governante tome os chamados empréstimos compulsórios. Além disso, o governante pode passar a parcelar as dívidas, atrasar a execução de gastos obrigatórios e antecipar o recebimento de receitas. O município afetado também pode ficar dispensado de realizar licitação em obras e serviços enquanto durar a calamidade.

Muito bem. Após este decreto, o prefeito de Jundiaí adquiriu 10 mil testes para detectar o coronavírus a serem utilizados na população.

Diante desse ato do executivo, fomos averiguar os detalhes do contrato de compra destes testes uma vez que, devido ao estado de calamidade pública vigente em Jundiaí, não houve licitação.

Ao analisarmos os dados desta contratação, nos deparamos com alguns detalhes realmente muito intrigantes. Senão, vejamos:

1) A empresa contratada, sem licitação pública, para fornecer os 10 mil testes foi o Instituto Sapiens Vita - Comércio de Instrumentos Médicos e Assessoria Clínica em Saúde, cujo contrato foi publicado na Imprensa Oficial do Município. Confiram abaixo:

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2) O Instituto Sapiens Vita - Comércio de Instrumentos Médicos e Assessoria Clínica em Saúde tem como administradora a Sra. Fernanda Correia Pereira Benassi, casada com o Sr. Alexandre Benassi, filho do ex-prefeito André Benassi que preside este instituto. Confiram os dados da empresa abaixo:

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3) O Sr. Alexandre Benassi, filho do ex-prefeito André Benassi e marido da administradora da empresa que vendeu os 10 mil testes para a prefeitura para detectar o coronavírus, é um dos diretores da Construtora Santa Angela. Confiram abaixo:

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Pois é. E assim caminha a humanidade e o coronavírus.

terça-feira, 31 de março de 2020

A VERDADE ESCARRADA ! ! !

Em época de coronavírus é necessário recordarmos os tempos sombrios que já se abateram sobre a saúde pública de Jundiaí.

Durante a gestão do então prefeito Pedro Fávaro e após a aprovação pela Câmara Municipal, sob a presidência do vereador Paulo Ferraz dos Reis, foi promulgada a Lei nº 1.506, no dia 12 de março de 1968, criando a Faculdade de Medicina de Jundiaí como autarquia municipal sob a responsabilidade do Dr. Jayme Rodrigues.

Vale salientar que, a partir de 1971, a Faculdade passou a contar com a ajuda dos médicos que atuavam no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, como Professores Assistentes das áreas clínicas, cabendo lembrar os nomes de Júlio Ferreira, Célio Ciari, Antonio Mendes Pereira, Edward Aleixo de Paula, Murilo Rodrigues Viotti, Lavoisier França Silveira, Antonio Carlos Ferragut, Eurico Malagodi, Natalino Filipini, entre outros.

O tempo passou e a faculdade foi se consolidando como uma escola médica de alta qualidade servindo como um parâmetro para a nossa assistência de saúde na cidade que passou a ser colocada da seguinte maneira: antes e depois da criação da Faculdade de Medicina.

Porém, a cidade começaria a viver tempos trágicos em sua política, o que iria refletir decisivamente na faculdade, com a chegada ao poder de um grupo político liderado pelo advogado André Benassi.

E chegou o ano de 1984. Assume a diretoria o vice-diretor, Prof. Dr. Antônio Monteiro Cardoso de Almeida, em virtude da indecisão de André Benassi quanto à escolha do novo diretor de lista sêxtupla a ele encaminhada, o que obedeceria o ritual da legislação e do Regimento Interno da Faculdade. O Prefeito foi convidado pela Congregação para reunião em seu prédio sede quando afirmou categoricamente:

- " Ou tenho um diretor meu ou fecho a faculdade ".

Assim se fez. Naquele mesmo ano André Benassi enviou um projeto de lei à Câmara Municipal extinguindo a Faculdade de Medicina. Este projeto foi aprovado. À medida em que os vereadores votavam na sessão da Câmara Municipal a favor do fechamento da escola, os alunos, que lotavam o plenário do legislativo, atiravam moedas nos edis. Um dos parlamentares que votou pelo fechamento da escola médica e também recebeu uma chuva de moedas atiradas pelos acadêmicos foi o então vereador Miguel Haddad.

E são exatamente estes os políticos nefastos que hoje fazem discurso a favor da saúde pública de Jundiaí.

Estas situações trágicas jamais poderão cair no esquecimento para que possamos evitar que políticos desqualificados como estes voltem a comandar a cidade causando enormes prejuízos ao povo de Jundiaí.