sexta-feira, 8 de novembro de 2013

DE JUNDIAÍ PARA O MUNDO ! ! !

IMPRENSA OFICIAL DO MUNICÍPIO - 08/11/13


Caros amigos. Dizer o quê ? Pois é. O nosso "governo da mudança" do PCdoB/PT acaba de nomear um assessor comissionado para assuntos internacionais. Algumas dúvidas cruéis tomam conta de todos nós neste momento. Pelo nome de descendência árabe do nomeado ele poderia ser uma indicação do ex-vereador Jorge Haddad, afinal de contas o "brimo" deve ter muitos amigos com a mesma origem. Mas o que mais nos intriga, sem dúvida, é a função que irá exercer o novo comissionado nomeado pelo prefeito Pedro Bigardi. Eis aqui algumas possibilidades: 1) Ele será o mediador entre o Hamas e o governo de Israel no sentido de oficializarem a criação do Estado Palestino; 2) Ele intermediará a disputa entre o governo da Rússia e a Chechênia nas montanhas do Cáucaso: 3) Ele será o interlocutor com o ETA para que ocorra, finalmente, a criação do país basco; 4) Ele estará estreitando os entendimentos com o IRA para colocar um fim neste conflito da Irlanda do Norte; 5) Ele efetivará um acordo entre o atual governo da Colômbia e as FARC para encerrar de vez a dura guerra de guerrilha daquele país. Sejam quais forem os portentosos e nobres objetivos internacionalistas da atual gestão municipal, fica bastante clara a prática política funesta neste município iniciada nos últimos 20 anos nefastos e de um enorme atraso, protagonizado pelo PSDB, e que tem continuidade agora. Uma cidade que é governada há muito tempo por pessoas de baixíssima estatura política e que jamais estarão à altura da grandeza da história de Jundiaí. Durmam com um barulho desse.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A MERENDA NO FIO DA NAVALHA ! ! !

Mais uma vez a prefeitura está envolvida em questões judiciais devido à irregularidades na aquisição de merenda escolar. É ainda sobre aquele caso das toneladas de salmão e cação. Após receber representação contra o edital do pregão eletrônico Nº 337/13, processo Nº 20.638-4/13, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo suspendeu a referida concorrência para uma aprofundada análise sobre a denúncia recebida. Requereu o denunciante que fosse concedida a liminar de suspensão do procedimento licitatório, e, ao final, o acolhimento das impugnações com a determinação de retificação do ato convocatório devido a várias irregularidades constatadas. Por meio de decisão publicada no D.O.E. em 13 de setembro de 2013, fora determinada a suspensão do andamento do certame e fixado o prazo de 5 dias à Prefeitura Municipal de Jundiaí, para apresentação de suas alegações, juntamente com todos os demais elementos relativos ao procedimento licitatório além de justificar tecnicamente a composição dos produtos de cada lote. Concluído o trabalho do TCE, ficou decidido pela procedência parcial da representação devendo a prefeitura fazer a retificação do Edital. Vejam um trecho da decisão do conselheiro Dimas Eduardo Ramalho:

...Ante o exposto, por tudo o mais consignado nos autos, VOTO pela PROCEDÊNCIA PARCIAL da representação, devendo a PREFEITURA MUNICIPAL DE JUNDIAÍ promover a retificação do Edital para que retifique a cláusula “9.3” para estipular objetivamente o critério de julgamento da licitação, estabeleça especificações usuais de mercado para os produtos licitados, constitua lotes distintos de produtos in natura de cada espécie animal e cárneo industrializado, faça constar o valor estimado total por lote da contratação no Edital, recomendo que haja reavaliação dos quantitativos dos produtos licitados, em consonância com todos os aspectos desenvolvidos no corpo do voto ora proferido, com a consequente publicação do novo texto do ato convocatório e reabertura do prazo legal, nos termos do artigo 21, § 4º, da Lei Federal nº 8.666/93, para oferecimento das propostas...

Para lerem o relatório e o voto, na íntegra, acessem o link abaixo:

http://www2.tce.sp.gov.br/arqs_juri/pdf/254826.pdf

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O PT FRITA O SEU PRESIDENTE ! ! !

No próximo final de semana ocorrerá em nossa cidade o processo que elegerá o novo presidente do PT de Jundiaí. A fritura que os coronéis do PT estão levando a cabo contra o atual mandatário do partido, o vereador Paulo Malerba, é impressionante. Reportagens, textos e matérias nas redes sociais estão massacrando o edil Malerba. Será que os membros do Sindicato dos Bancários estão felizes com isso ? É claro que não, afinal de contas o vereador além de petista também é bancário. Mas os caciques do PT mostram que não estão nem aí pois dominam o partido e deverão eleger o seu candidato, adversário do atual presidente. Caros amigos, tudo isso está se passando à margem da política local. Como já havíamos antecipado no encerramento de 2012, através dos acertos de praxe, mandariam de verdade na cidade de Jundiaí o que chamamos de "os três mosqueteiros", grupo formado pelos políticos Durval Orlato, Jorge Haddad e Gerson Sartori. Assim foi previsto e assim ocorreu. Os três personagens da política atual de Jundiaí não se inibem em mostrar a perfeita sintonia existente entre eles no comando da cidade, inclusive curtindo mutuamente as suas postagens nas redes sociais, resultado da festiva gestão municipal que levou a cabo, talvez, o maior engodo eleitoral da história deste município. Eleições no PT ? Que nada. O que importa na verdade é desfrutarem das delícias que só o poder pode oferecer. Confiram na imagem abaixo o retrato da enorme desilusão política que vivemos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

OS DEBATES NO BALCÃO ! ! !

Antonio Geraldo de Campos Coelho, sociólogo e figura inesquecível de Jundiaí. A conversa com o Coelho era geralmente no bar Ponto Chic, que ficava ali na praça Governador Pedro de Toledo, do outro lado do balcão. Entre copos, garrafas, salgadinhos e um inigualável pernil assado, passava horas a discutir e colocar os argumentos com os quais pretendia combater o marxismo. Ao lembrarmos daquela época e olharmos para a política de hoje, o desgosto é inevitável. Nesta linha saudosista, encontramos na internet uma crônica sobre o Coelho datada de 2008 e que merece ser lida pois nos leva a um passado singelo e longínquo onde as idéias políticas ainda eram importantes.

* O Coelho e o fim das coisas *

A revista Reader's Digest traz até hoje uma seção chamada Meu Tipo Inesquecível. O título é auto-explicativo: as pessoas lembram de outras que as marcaram pelo resto da vida.

Não sei se todos tiveram o privilégio de encontrar um tipo inesquecível. Afortunado, posso dizer que lá pelos anos 70, na então pacata Jundiaí, topei com uma dessas pessoas que não se esquecem facilmente, pela simples razão de que são, de alguma maneira, diferentes das outras.

Quem conheceu o sociólogo Antonio Geraldo de Campos Coelho certamente sabe que ele era uma desses tipos. Maluco, diziam alguns; apenas excêntrico, diziam outros. Certo é que ninguém que conversasse com ele, por poucos minutos que fosse, sairia indiferente da prosa.

O Coelho tinha uma erudição total para temas que o fascinavam, como a sociologia política, e era absolutamente analfabeto para outros, mais triviais, como o futebol - ou o ludopédio, como se referia ao esporte preferido dos brasileiros.

Era cheio de manias. Não admitia, por exemplo, que o chamassem de professor - embora, em certa época da vida tivesse dado aulas. Para ele, o "epíteto" soava degradante, pois o igualava ao instrutor de capoeira, que, para o senso comum, também era professor.

Também apelidava amigos e inimigos. Entre nós havia o Chocolate, o Estilingue, o Peixe-Galo, o Menino Lobo, o Homem de Palha. Não sei porque, fiquei fora da lista.

Mas o que distinguia mesmo o Coelho dos outros mortais era o fato de que ele se dedicava, com uma paixão cega, a combater o marxismo. E, como em várias outras coisas, fazia isso de um modo peculiar: procurava vencer o inimigo por meio de argumentos, numa época em que as armas usadas em tal batalha eram outras, mais dolorosas e letais.

O Coelho escrevia, sempre contra o marxismo, para os jornais da cidade. Seus artigos eram longos, tediosos e incompreensíveis para as pessoas comuns, ou seja, quase todos os leitores. Fenomenologia era a palavra mais simples que usava.

Na verdade, não eram bem artigos: eram esboços de teses, dissertações abastecidas de notas de rodapés e citações de filósofos e pensadores de antanho, com argumentos que julgava sólidos para demolir a notável arquitetura do pensamento marxista. Como ninguém o contestava, é impossível saber se ele estava ou não com a razão.

O tempo passou, o muro de Berlim caiu, o socialismo real da União Soviética se desmanchou, e o Coelho e seu antimarxismo radical passaram apenas a fazer parte de minhas lembranças quase esquecidas dessa época de sonhos.

As poucas notícias que tive desse tempo era que ele havia abandonado seus artigos político-sociológicos e passado a falar sobre o amor platônico. Achei a opção natural. Ele apenas trocava o alvo de suas preocupações. Se não havia mais o perigo de o comunismo triunfar, que o amor fosse então vitorioso.

Há poucos anos, fiquei sabendo que o Coelho havia morrido. Antes disso, porém, talvez vendo que já estava perto da viagem final, combinou com os poderes constituídos trocar a sua biblioteca por um túmulo no cemitério que mais apreciava, por ter sido feito num morro e ser bastante amplo.

E lá ele descansa. E estaria ainda num lado de minha memória não fossem essas últimas notícias, vindas de todas as partes, dando conta de que também o capitalismo - ou pelo menos seu lado mais radical - não deu certo e a nação mais poderosa do mundo, ícone supremo da livre iniciativa, elegeu seu primeiro presidente negro para consertar a lambança feita pelo antecessor branco, de extrema-direita, cristão fundamentalista, um verdadeiro horror.

Gostaria que o Coelho estivesse por aqui para me explicar algumas coisas que eu não consigo entender muito bem.