GOVERNO PCdoB/PT NO FIO DA NAVALHA ! ! !

Informações chegaram a este blog dando conta de que o Procurador Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Dr. Márcio Fernando Elias Rosa, recebeu representação a respeito de possíveis irregularidades cometidas pela atual administração municipal de Jundiaí a cargo da coligação liderada pelos partidos PCdoB/PT. Diante da gravidade das denúncias, o caso foi imediatamente repassado à Ouvidoria daquele órgão que, acatando diretrizes superiores, encaminhou as denúncias à Promotoria de Justiça de Jundiaí determinando que fossem adotadas as providências cabíveis. Pois é. Já não bastaram os 20 anos de desmandos do PSDB que jogaram a cidade em um mar de denúncias que resultaram em inúmeras ações que ainda tramitam no judiciário, agora mais essa. Pobre Jundiaí, um município progressista mas que tem sido conduzido através de um modelo político arcaico e falido precisando ser modificado urgentemente pelo nosso futuro.

VOX POPULI, VOX DEI ! ! !

A manifestação popular em Jundiaí mostrou mais uma vez que a voz do povo é soberana. Como podemos notar na foto, o jundiaiense já entendeu que não houve mudança política nenhuma na cidade, ou seja, PSDB, PCdoB, PT, Miguel Haddad, Pedro Bigardi, Durval Orlato, Gerson Sartori, Jorge Haddad, é tudo a mesma coisa. Recentemente o prefeito Pedro Bigardi concedeu uma entrevista a uma emissora de rádio local tentando explicar o aumento da tarifa do transporte coletivo para R$ 3,20 e o subsídio que a prefeitura vai colocar no bolso dos empresários do setor. Blá, blá, blá, blá e mais nada. Apenas procurou justificar o injustificável dizendo que não pode diminuir a tarifa por obrigações contratuais. Muito bem. O prefeito de Campo Limpo Paulista, José Roberto de Assis, acaba de anunciar a redução da passagem de ônibus urbano daquele município de R$ 3,00 para R$ 1,90. Isso mesmo. Esse novo valor entra em vigor a partir do próximo domingo. Oras bolas, será que lá em Campo Limpo Paulista também não existem obrigações contratuais ? Na verdade, esta explicação do prefeito Pedro Bigardi é pura conversa fiada. Da mesma forma que ocorreu nos governos do PSDB, o atual governo do PCdoB/PT tem também os seus acertos com as empresas de transporte coletivo. Uma lástima. Um desplante. Uma desfaçatez. O povo não engole mais este tipo de justificativa fajuta e enganosa, o que coloca no mesmo caldeirão Miguel Haddad e Pedro Bigardi, como vimos na passeata.

MUITA CALMA NESSA HORA ! ! !

Caros amigos. Temos visto pela internet e nas passeatas muitas pessoas rejeitando a participação dos partidos políticos nestes atos demonstrando que o país está cansado desta politicalha corrupta que desfila nos três níveis de governo. Isso é verdade, porém vamos ter tranquilidade nas posturas. A repulsa pela corrupção e pelo jogo político feito na calada da noite é, em grande parte, responsável pelos protestos em todo o país. Porém, rejeitar a mobilização política dos partidos é um fato perigoso que pode se transformar em uma arma fatal nas mãos dos golpistas de plantão saudosos da madrugada de 31 de março de 1964. É preciso evitar que o oportunismo reacionário tome posse de um movimento justo, descaracterizando a sua principal reivindicação: a redução da tarifa do transporte coletivo. Vale lembrar que os partidos realmente de esquerda há muito tempo já estão mobilizados e sendo agredidos pela polícia principalmente durante os 20 anos de ditadura militar, onde muitos morreram nos porões de tortura defendendo a democracia. Querer impedir os partidos de participarem de uma manifestação popular é abrir caminho para aqueles que estão esperando apenas uma oportunidade para um novo golpe de estado, aos moldes de 1964. Não podemos cair nesta armadilha, uma vez que o partido político é um veículo através do qual o cidadão coloca em prática as suas idéias a respeito da organização da sociedade. Protestar sim e em defesa do poder popular, porém sem deixar cair a bandeira da liberdade.

O RECOMEÇO DO PARTIDÃO EM JUNDIAÍ ! ! !

Segundo contava o saudoso linguista e professor Carlos Franchi, numa tarde do breve intervalo democrático que sucedeu a ditadura de Getúlio Vargas, discursava na Câmara Municipal de Jundiaí o vereador do Partido Comunista Brasileiro, Adamastor Fernandes. O Presidente da Câmara interrompia, a batidas de martelo na mesa, sua fala de estivador e corrigia-lhe, em nome das leis da língua portuguesa, cada erro de português. O comunista acatava, corrigia-se e recomeçava. Tinha sido sempre assim, desde seu primeiro discurso, tornados todos ininteligíveis por essas interrupções. Retomava sua fala naquela tarde o estivador comunista: "Senhor Presidente, nós vai…". Atento, o presidente interrompeu: "Excelência, esta é a casa de leis e não posso permitir que as leis da língua portuguesa sejam nela infringidas. Chamo a atenção de Vossa Excelência, mais uma vez: não é “nós vai”; é “nós vamos” que se diz". O vereador Adamastor Fernandes passa os olhos pelo plenário e encara o Presidente da Câmara: "Senhor Presidente, vocês, burguês, vocês diz "nós vamos", mas não vai; nós, comunista, nós diz “nós vai”, mas nós vamos". Esse fato pitoresco de nosso legislativo já faz parte de um passado longínquo e afastado de nossa memória. Aquele discurso ocorria nos últimos momentos de legalidade do Partidão já que, em breve, o presidente Marechal Eurico Gaspar Dutra iria cancelar o registro da legenda, o que resultaria na cassação do mandato de 14 deputados federais comunistas e do então senador Luis Carlos Prestes. No último sábado, após 70 anos, o PCB reiniciou o seu trabalho político no município. Foi uma reunião onde se debateu com lideranças estaduais e locais, não somente a conjuntura política atual mas também as idéias do partido e a herança de sua história de 91 anos de lutas contra as velhas oligarquias. É a reconstrução do partido com a história política mais rica do país que recomeça na cidade onde, a partir de agora, estaremos de portas abertas percorrendo todos os cantos de Jundiaí. Nesta jornada teremos a companhia do legado de personalidades inesquecíveis da vida brasileira, como os ilustres ex-militantes do partido Graciliano Ramos, Jorge Amado, Oswald de Andrade, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Monteiro Lobato, Carlos Drummond de Andrade, Adolfo Lutz, Oscar Niemeyer e Apparício Torelly, o Barão de Itararé, que dentre as suas inúmeras frases antológicas, existe uma bastante atual: "Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo". Assim sendo, estaremos trilhando a árida e solitária travessia do saneamento político da cidade, caminhada esta que terá a participação das pessoas de bem de Jundiaí.