A especulação imobiliária em Jundiaí não tem sossego. Enquanto não liquidarem com a Serra do Japi as construtoras não vão descansar.
Agora é a vez de um loteamento na região do córrego do Moisés sob a responsabilidade de uma velha conhecida de todos nós que cresceu à sombra do poder público: A construtora Santa Angela.
Como a pressão e a ambição pelo lucro sobre a Serra do Japi tende a aumentar cada vez mais, é preciso denunciarmos de maneira incansável todas as agressões em marcha sobre este nosso santuário ecológico, patrimônio inestimável do povo de Jundiaí.
A devastação promovida por esta empreiteira foi simplesmente monumental e com tudo aprovado pelos órgãos ambientais oficiais.
Seguem abaixo algumas fotos deste desastre ambiental inacreditável:
Na foto abaixo eles simplesmente abriram uma passagem no meio da vegetação nativa e sobre o córrego do Moisés, uma APP - Área de Preservação Permanente. Isso é crime ambiental inafiançável.
A mata nativa foi retirada do entorno da Serra do Japi em uma área situada entre o Jardim Novo Mundo e a rodovia dos Bandeirantes que faz parte da bacia do córrego do Moisés.
Todo este verdadeiro escândalo ambiental foi aprovado, sem o menor constrangimento e de maneira lamentável, pela CETESB, pelo GRAPROHAB, pelo IBAMA e pela prefeitura de Jundiaí.
Estes órgãos rasgaram o Código Florestal, que diz o seguinte em seu artigo 4º : " Considera-se Área de Preservação Permanente as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 30 (trinta) metros ".
Alguém vai responder por esta catástrofe ambiental ou vão fazer de conta que não viram nada ? Simplesmente abriram uma passagem para veículos passando por cima do córrego do Moisés e tudo foi aprovado ?
Sinistro, muito sinistro tudo isso.
Neste momento nos lembramos do ex-presidente Jânio da Silva Quadros. Quando o ex-presidente renunciou ao seu mandato foi indagado pela imprensa a respeito de quais os motivos que o teriam levado a isso. Sem pestanejar, Jânio respondeu: " Renunciei devido às forças ocultas ".
Pois é. Parece que estas forças ocultas continuam bem ativas aqui em Jundiaí, afinal de contas uma casta política deste município faz o que bem entende na cidade e não é contestada por ninguém.