NA ESTEIRA DAS ILUSÕES ! ! !

Aziz Nacib Ab'Saber, nascido em São Luís do Paraitinga em 24 de outubro de 1924, é um geógrafo e professor universitário brasileiro considerado referência em assuntos relacionados a impactos ambientais e meio ambiente. Laureado com as mais altas honrarias científicas nacionais e internacionais em ecologia, geologia e arqueologia. Membro Honorário da Sociedade de Arqueologia Brasileira, Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 1999, Ordem Grão-Cruz em Ciências da Terra pela Ordem Nacional do Mérito Ciêntifico e Academia Brasileira de Ciências, Prêmio Internacional de Ecologia de 1998 e Prêmio Unesco para Ciência e Meio Ambiente de 2001. É ex-presidente e atual Presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Professor-Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e professor-honorário do Instituto de Estudos Avançados da mesma universidade. Mesmo com toda esta invejável história de vida, o cientista foi redondamente enganado na cidade. Há poucos dias, membros do grupo político dominante organizaram uma reunião na Câmara Municipal onde, obrigados, compareceram em massa muitos cargos de confiança da prefeitura lotando aquela casa. Com o cenário todo pronto, colocaram na mesa o nobre cientista que emitiu sua opinião sobre a Serra do Japi, amplamente divulgada pela imprensa local. Só que, infelizmente, o nobre geólogo não tem a menor noção da situação em que se encontra a especulação imobiliária em Jundiaí, que tem como um de seus maiores representantes o prefeito interino Miguel Haddad. É claro que, durante este evento, ninguém falou para o cientista que Miguel Haddad havia feito um loteamento de 1.000.000 de metros quadrados ao lado da CBC, aos pés da Serra do Japi, onde aterrou lagos e nascentes de água. Crime ambiental inafiançável. Na realidade, o nobre Prof. Dr. Aziz Nacib Ab'Saber foi usado politicamente pelo grupo dominante da cidade com o objetivo de desqualificar o projeto de criação do Parque da Serra do Japi de autoria do Deputado Estadual Pedro Bigardi. Independente, porém, destas segundas intenções políticas de lideranças locais, sem dúvida nenhuma o cientista merece todo o nosso respeito pelo seu passado de lutas que deve prevalecer sobre a tortuosa política jundiaiense.

ESTAMOS DE VOLTA AOS ANOS DE CHUMBO ! ! !

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etério, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te;

Roga a Deus que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Luiz Vaz de Camões (ca. 1560)

JUNDIAÍ: UMA DITADURA DESARMADA ! ! !

"VINDE A MIM AS CRIANCINHAS" (Lucas 18) ! ! !

"É esse um velho sonho que realizamos seguindo os ensinamentos de Cristo, procurando voltar a nossa vida para essa Cidade dos Meninos, fazendo, assim uma cousa duradoura que sobreviverá à nossa vida passageira. Criar coisas é próprio dos homens e criar homens é quase uma coisa divina"

Antonio Cintra Gordinho, 1945.

O Casal Antonieta e Antonio Cintra Gordinho instituiu a Fundação que leva seu nome em 15 de fevereiro de 1957, visando proteger a criança e o adolescente desamparados e possibilitar seu desenvolvimento integrado. Generosos fundos foram reunidos para a perenidade desse sonho. Antonio faleceu em 1966, mas a semente estava bem plantada. Coube a Antonieta orientar a Fundação. Filha de Eloy de Miranda Chaves dedicou grande parte de sua vida para ajudar o próximo. Participou como voluntária das campanhas em favor dos soldados na Revolução de 32. Inaugurou em 1973 a Cidade dos Meninos, hoje Cidade dos Meninos e Meninas. Foi a responsável pela implantação da creche “Almerinda Chaves”, hoje Escola de Educação Infantil Almerinda Chaves, na Agapeama. Antonieta zelou por muitas crianças e jovens e, generosamente, possibilitou sua inserção numa vida melhor. Quando colocamos o post que mostrava a negociação de um imóvel da Fundação foi no sentido de contribuirmos para com a preservação dos nobres objetivos da entidade e de seus fundadores, sem dúvida nenhuma pessoas maravilhosas que dedicaram suas vidas para o bem das crianças e dos adolescentes. Mas não foi assim que entenderam Miguel Haddad e seus irmãos, Riad Haddad e Mountaha Haddad Saheli, ao abrirem mais um processo contra este blog pela divulgação que fizemos, alegando que ofendemos à eles e à Fundação. É claro que jamais tivemos a intenção de ofender ninguém. O que é preciso entenderem é que, independente de sabermos se este loteamento industrial vai ou não beneficiar as crianças e os adolescentes carentes da cidade, o direito à informação é parte integrante da cidadania e, portanto, será sempre praticado por este blog enquanto ele existir.

OS DIFÍCEIS CAMINHOS DA JUSTIÇA ! ! ! ( II )

OS DIFÍCEIS CAMINHOS DA JUSTIÇA ! ! ! ( I )

A Sexta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu nesta quinta-feira manter a liminar que suspendeu provisoriamente o andamento dos processos judiciais da Operação Castelo de Areia, da Polícia Federal, que investiga três diretores da Camargo Corrêa por lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. Os ministros ainda não analisaram o mérito da questão, mas entenderam que não é cabível a análise de recurso contra a decisão que concede ou não uma liminar. No dia 14 de janeiro, o presidente do STJ, ministro Cesar Asfor Rocha, suspendeu a ação penal contra os diretores, que tramita na 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Para o ministro, a investigação da PF não tem valor jurídico por partir de uma "declaração anônima e secreta", que permitiu a quebra de sigilo telefônico dos diretores. No recurso, apresentado pela subprocuradora-geral da República Elizeta Ramos, o Ministério Público Federal pedia que o ministro reconsiderasse a decisão e argumentava que não havia ilegalidade na instauração de inquérito com base em investigações deflagradas por denúncia anônima. A decisão liminar do ministro Asfor Rocha impede qualquer iniciativa de investigação contra os diretores. A suspensão vale até o julgamento de mérito pelo STJ. Vale lembrar que a Prefeitura de Jundiaí está na lista das investigações realizadas pela Polícia Federal devido a possíveis irregularidades em obras realizadas na cidade pela construtora Camargo Corrêa.