
É claro que o legislativo é fundamental para qualquer democracia. Isso é indiscutível e temos de preservá-lo a qualquer custo. Mas se analisarmos a eficiência da atual legislatura em Jundiaí, no mínimo a decepção será enorme. Projetos de interesse público, dentro das limitações dos vereadores, quase nenhum; a principal função de um vereador, hoje, que é a fiscalização do executivo, quase nada; a incoerência de alguns dos nobres edis é bárbara, como no caso do vereador José Dias. Este parlamentar, em 2008, foi candidato na oposição, recebeu material da oposição, mas andava na cidade de mãos dadas com o tucano Miguel Haddad. Nestes 2 anos votou sempre com o prefeito nas sessões da Câmara Municipal, porém na última sessão ele foi à tribuna parabenizar a presidente eleita, Dilma Rousseff, onde no final de sua fala, pasmem, disse o seguinte: "Nossa vitória foi muito bonita". Vereador José Dias companheiro de Dilma, aí é de amargar. Porém, o ponto alto de nosso legislativo ainda estava por vir. Nesta última sessão ordinária, ao lado do presidente da casa, vereador Tico, estava "sentado à mesa" nada mais nada menos que o Secretário de Assuntos Parlamentares da Prefeitura de Jundiaí, Oraci Gotardo. Então as rédeas da prefeitura na maioria dos vereadores estão neste nível ? Quer dizer que nem disfarçam mais, não é mesmo ? Bem, é melhor pararmos por aqui pois se começarmos a questionar também a história do anexo da Câmara Municipal, situação nebulosa até hoje, aí a casa vai tremer. Pobre Marechal Deodoro da Fonseca que, ao atravessar o Campo de Santana em 1889 e proclamar a República, entendia que os poderes Excecutivo, Legislativo e Judiciário poderiam ser independentes. Doce ilusão ou um sonho de uma noite de verão.