quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

NO BANCO DOS RÉUS ! ! !

O Ministério Público do Estado de São Paulo, através do Promotor de Justiça Dr. Fabiano Pavan Severiano, abriu 21 inquéritos civis contra a Prefeitura de Jundiaí. A acusação é de contratação irregular de pessoas para 324 cargos comissionados, sem concurso público. Os contratados ocupam cargos de chefia, direção e assessoria, mas segundo o MP não desempenham as funções que deveriam.

Levando-se em conta os salários e os encargos trabalhistas de todos os comissionados, a prefeitura tem um custo com estes nomeados de R$ 50 milhões por ano. Em 4 anos serão gastos R$ 200 milhões só com os cargos de confiança pendurados no executivo.

Estes 21 inquéritos foram instaurados a partir do ajuizamento de uma ADIN - Ação Direta de Inconstitucionalidade pelo Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Dr. Gianpaolo Smanio.

A prefeitura protocolou um recurso junto ao Conselho Superior do Ministério Público questionando a acusação mas o recurso foi rejeitado.

Este é o resultado deste modelo político falido implantado no município há mais de 30 anos por um grupo de aproveitadores do poder público.

Os últimos prefeitos de Jundiaí foram André Benassi, Ary Fossen, Miguel Haddad, Pedro Bigardi e agora Luiz Fernando Machado. Todos eles utilizando esta mesma prática nefasta de nomear um batalhão de cargos de confiança que, em época de eleição, se transformam em cabos eleitorais pagos com o dinheiro público.

Uma vergonha. Todos estes ex-prefeitos e o atual deveriam ter sido afastados sumariamente da política por esta prática administrativa miserável que é custeada com o dinheiro do povo.

O pior é que neste ano teremos eleições e todos os ex-prefeitos, com exceção do falecido Ary Fossen, e o atual, estarão nas ruas mentindo para o eleitor em busca de votos e acompanhados pelos comissionados da prefeitura pagos com o nosso dinheiro.

Enfim, prevalecerão as velhas práticas de uma velha oligarquia local que teima em continuar na condição de parasita da vida política de Jundiaí.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

BAIONETA CALADA ! ! !

FOTO: Uma conversa bastante animada entre o deputado federal Miguel Haddad e um general do exército. O parlamentar tucano votou a favor da intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro.

O Congresso Nacional aprovou a intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro. Este decreto diz que esta intervenção militar é temporária. Em 1964 o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco também disse que os militares ficariam no poder temporariamente.

Aliás, esse é um congresso historicamente golpista que somente cumpriu o seu papel de serviçal da elite econômica do país.

Apenas para relembrarmos o caráter golpista do legislativo federal, em 1964 o senador Auro Soares de Moura Andrade decretou vaga a presidência da república com o então presidente João Goulart ainda em território nacional. Esta atitude abriu as portas para que os militares tomassem de assalto o governo federal.

Durante os 20 anos seguintes na calada da noite, enquanto a população dormia, um outro mundo entrava em atividade nos porões do DOI-CODI, da Operação Bandeirante e da Operação Condor, sob o comando do execrável criminoso Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Gemidos de dor devido às torturas eram sufocados durante as sessões de afogamento, durante os espancamentos no pau de arara e nos episódios de choques elétricos na cadeira do dragão.

Mulheres eram estupradas pelos covardes, assassinos e torturadores escondidos dentro da farda, ratos vivos eram introduzidos dentro dos órgãos genitais femininos e seus seios retorcidos com alicates.

Os homens também eram torturados de forma bárbara, com ameaças às suas famílias e choques elétricos em seus testículos e pênis.

Toda esta barbárie inacreditável foi realizada pela ditadura militar em nome da segurança nacional.

Com a aprovação da intervenção militar no Rio de Janeiro, novamente as portas foram abertas para os sanguinários e para os novos torturadores que estão apenas em compasso de espera para o arbítrio.

O mais catastrófico de tudo isso para nós jundiaienses é que o deputado federal Miguel Haddad, do PSDB, votou a favor deste novo golpe militar.

É claro que este parlamentar tucano nunca teve um de seus familiares sendo torturados e mortos pelos assassinos de 1964 quando mais de uma centena de pessoas desapareceram e seus corpos não foram encontrados até hoje, o que representa um sofrimento sem fim para estas famílias.

Diante do fato, vamos deixar bem claro o seguinte: Ao começarem as novas atrocidades a serem implementadas pelos militares, o deputado federal Miguel Haddad será cobrado e responsabilizado de forma implacável por mais esta punhalada nas costas do povo brasileiro.