De acordo com um grupo de pesquisadores ligados à Universidade de São Paulo - USP, " a experiência internacional tem mostrado que a persistência na implementação das medidas de isolamento social é essencial para controlar a transmissão do vírus ".
Os pesquisadores afirmam ainda que abandonar o isolamento agora, ainda que gradualmente, provocaria um aumento rápido do número de infecções e mortes, sobrecarregando os hospitais. Os ganhos obtidos com a reativação da economia não compensariam a perda de controle sobre a evolução da doença.
É da mesma opinião o Dr. Paulo Brandão, professor associado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, Doutor em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses pela USP, pesquisador associado ao Coronavírus Research Group: " Esse vírus sobrevive por até três horas em aerossóis. O que são aerossóis ? Por exemplo, se eu espirrar ou tossir, isso vai fazer uma espécie de spray e o vírus vai ficar no ar por este período. O que quer dizer que é justificada a quarentena e o isolamento social como medidas eficientes de controle de pessoas atingidas pelo vírus ".
Um estudo de Harvard, sugere que as medidas de distanciamento social devam ser mantidas de forma intermitente até o ano de 2022. O professor de epidemiologia de Harvard e coautor do estudo, Marc Lipsitch, afirmou que o coronavírus ainda tem alto potencial de propagação porque a maioria da população ainda é suscetível à doença.
Diante da opinião destas autoridades de alto credenciamento científico, o isolamento social é fundamental para evitarmos uma tragédia humanitária.
Mas não é assim que entende o credenciado cientista e profundo conhecedor de epidemiologia e infectologia, Sua Excelência Dr. Luiz Fernando Machado. Para ele, a cidade está sendo submetida a uma desinformação, o que justifica o relaxamento do isolamento social.
Apenas lembrando ao mal informado prefeito que o Hospital São Vicente está lotado. Todas as UTIs, as enfermarias de Clínica Médica, o Pronto Socorro, enfim, tudo lotado. Internações em Jundiaí por coronavírus cresceram 47,3% em apenas 5 dias. O caos se aproxima.
Portanto, quem está desinformando a cidade é exatamente ele. Não bastasse tudo isso, o prefeito ainda publicou um artigo, em um dos seus vassalos veículos de comunicação da cidade, onde fez uma salada com os dados. Misturou tudo. E o pior: O alcaide reconheceu que está havendo uma subnotificação da doença, o que produz resultados enganosos sobre as mortes.
Enfim, parece que em Jundiaí o que pesa mesmo é a pressão dos empresários e das igrejas para o fim da quarentena, ou seja, o dinheiro é muito mais importante do que a vida humana.
O resultado deste desastre iminente, que estará no colo do prefeito Luiz Fernando Machado, podemos conferir no vídeo abaixo que foi gravado no centro da cidade de Jundiaí. Confiram:
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sábado, 2 de maio de 2020
quinta-feira, 30 de abril de 2020
POVO DESCARTÁVEL ! ! !
A opinião generalizada de médicos e cientistas é de que a medida mais eficiente de controle da pandemia provocada pelo coronavírus é o isolamento social, mesmo que isso represente alguns sacrifícios econômicos e sociais por parte da população.
Interromper este isolamento agora, sem condição de deter novos surtos, só dará ao vírus a oportunidade de retomar o seu avanço destruidor e de gerar um novo colapso no sistema de saúde. Portanto deve existir um critério científico para o fim da quarentena e não político eleitoral.
Na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, o comércio foi reaberto por determinação do prefeito daquela cidade. Em 15 dias o número de infectados naquele município cresceu 160% devido às aglomerações provocadas pelo fim do isolamento social.
Muito bem. No Brasil, se dependêssemos do quadrúpede esquecido pela evolução que nos governa em Brasília, a resposta para a gravíssima crise sanitária que estamos vivendo seria: " E daí ? O que é que eu posso fazer ? Eu sou Messias mas não faço milagres ".
Porém, com toda esta extrema ignorância vomitada pelo Equino da República, mesmo assim ele ainda tem admiradores por este país afora. Em Jundiaí não é diferente.
O prefeito Luiz Fernando Machado, que andou abraçado com o repulsivo animal, contrariando todas as orientações e recomendações das autoridades sanitárias e sem embasamento em evidências científicas ou análises técnicas estratégicas em saúde, publicou o Decreto Municipal n° 28.970/20 que permitiu o retorno de atividades não essenciais, bem como abrandou as medidas do Decreto Estadual nº 64.881/20.
Diante disso, o Ministério Público protocolou no Fórum local uma Ação Civil Pública contra a prefeitura pedindo uma liminar que obrigasse o prefeito a anular o seu decreto ilegal, uma vez que contrariou o decreto estadual emitido pelo governador do Estado de São Paulo.
O meritíssimo juiz de direito da Vara da Fazenda Pública, Dr. Gustavo Pisarewski Moisés, concedeu um prazo de três dias para que a prefeitura se posicionasse sobre este pedido do Ministério Público.
Todos nós sabemos que decisão judicial não se discute, cumpre-se. Porém, caros amigos, esta demora do judiciário em conceder a liminar pode custar caro aos munícipes.
O meritíssimo magistrado deveria ter concedido a liminar imediatamente e depois, durante a tramitação da ação, seria discutido o mérito do requerido pelo Ministério Público. Porém, Sua Excelência não entendeu assim.
A prefeitura foi notificada ontem. Os três dias vencem na 3ª feira. Até o juiz analisar e emitir a sentença já estaremos no final da próxima semana, ou seja, da entrada da ação no Fórum até a decisão do juiz serão quase três semanas, o que poderá representar a perda de muitas vidas na cidade.
As UTIs do Hospital São Vicente estão lotadas, ao contrário do que divulgou a nossa vendida imprensa local. O prefeito incompetente governa sentado em sua mesa, não tendo noção da real tragédia em que vivemos. Por isso emitiu o decreto relaxando a quarentena.
As autoridades não estão levando a sério esta pandemia. Hoje, o Brasil já tem mais mortos do que a China. E a continuarmos neste diapasão, teremos no país a maior tragédia humanitária de nossa história.
Se isto ocorrer, as autoridades que negligenciaram esta catástrofe que se anuncia serão responsabilizadas de maneira implacável, mesmo que isso não traga de volta as vidas perdidas.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
MAR DE LAMA TUCANO ! ! !
A empresa Ecovias assinou um acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo dizendo que pagou propina por 18 anos em gestões do PSDB no governo do Estado de São Paulo.
A concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, a Ecovias, afirma que houve formação de cartel, pagamentos de propinas e repasses de caixa dois em 12 contratos de concessão rodoviária firmados com o Governo de São Paulo.
As irregularidades duraram de 1998 a 2015, período que inclui as gestões de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB e íntimos dos prefeitos tucanos de Jundiaí, como mostram as fotos.
O acordo tem valor total de R$ 650 milhões, sendo R$ 450 milhões em obras, R$ 150 milhões na redução de pedágio e R$ 50 milhões em multa. O conteúdo dos relatos feitos aos promotores foram publicados pelos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.
A companhia citou à Promotoria as pessoas que teriam recebido os valores, entre eles políticos que ainda hoje têm mandato. No entanto, para ter validade, o acordo ainda tem que ser homologado pelo conselho do Ministério Público e pela Justiça.
Outras 11 empresas teriam participado da formação de cartel nos contratos, segundo a Ecovias, mas até o momento nenhuma delas firmou acordo com a Promotoria.
A Ecovias relatou ainda que firmou o cartel em 1998, durante a gestão de Mário Covas, em concessões que duram até hoje. O pagamento de propina e de caixa dois durou até 2015.
Em inúmeras campanhas eleitorais o diretório estadual do PSDB repassou dinheiro para as campanhas do PSDB de Jundiaí. A pergunta que não quer calar é a seguinte: Será que este dinheiro de caixa dois da Ecovias não teria transitado também aqui em Jundiaí ?
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