sexta-feira, 12 de agosto de 2016

PAULICÉIA DESVAIRADA ! ! !

Não. Não falamos sobre a obra literária do escritor Mário de Andrade.

Nos referimos a tempos imemoriais de Jundiaí que não voltam mais.

Semanas atrás, quando novamente fomos vítimas de mais uma traição política através de uma punhalada pelas costas, começamos a recordar algumas passagens de um passado longínquo.

Lembramos de tempos inesquecíveis em que frequentávamos o lendário restaurante A Paulicéa. Naquele local tínhamos a UTI, um ambiente reservado onde muitos se reuniam para conversar de tudo, desde os problemas políticos internacionais até a bebedeira de algum conhecido no extinto bar do Lula, em frente a Catedral.

Além da UTI, diariamente parávamos ali para o insofismável cafezinho no balcão da lanchonete. Este café era quase sempre na companhia do não menos saudoso sociólogo Antonio Geraldo de Campos Coelho.

Certo dia o Coelho chegou furioso para o costumeiro café.

Revoltado, foi logo contando a história:

- Tayar, o 'fulano' (pessoa muito conhecida na cidade) chegou para mim e estranhou o fato de eu já ter lido o livro Anti-Dühring. Quem esse sujeito pensa que é ?

O livro Anti-Dühring, escrito por Friedrich Engels, contestava ponto a ponto os escritos do filósofo alemão Karl Eugen Dühring, um crítico feroz do marxismo.

Ao receber esta inaceitável ironia do "fulano", o Coelho, com a sua costumeira irreverência, respondeu o seguinte:

- Esse livro Anti-Dühring eu li quando estava no jardim de infância.

He He He. Nosso pensamento foi longe. Saudades do Coelho e de nosso imperdível café filosófico no balcão da Paulicéa.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

A VENDA DA NOTÍCIA ! ! !

Essa estratégia de comercializar a informação é uma velha prática de uma velha e embolorada oligarquia política local para perpetuar-se no poder, usando-o a favor de seus negócios particulares milionários.

Ainda sobre os gastos absurdos da prefeitura com publicidade, vale a pena exibirmos aqui alguns trechos da Petição Inicial do Ministério Público protocolada no Judiciário, dando início à tramitação da Ação Civil Pública sobre essa questão:

"...E para reforçar essa situação de gastos ilegais, basta ver que o Município de Jundiaí deve para o IPREJUN (Instituto de Previdência dos Funcionários Públicos Municipais), mais de 100 milhões de reais, em dois empréstimos (DOC. 11)..."

"...A promoção que se pretende com a propaganda, não é do Município como ente estatal, até porque não seria necessária, pois em termos de serviços públicos não há concorrência ou competição. O que se pretende, ainda que não expressamente, é enaltecer as ações do governante..."

"...O saldo das dívidas do Município até o momento é de R$ 179.981.016,42. Além desses valores estão aguardando outros empréstimos e liberações para breve em mais R$ 146.976.709,73. O endividamento do Município deverá chegar em breve a 327 milhões de reais (DOC. 11 —lis. 243/244 do 1C)..."

"...Faltam com a verdade, como é o caso do "Complexo Jundiaí", dando a impressão de que as alças a serem executadas na Rodovia Anhanguera são obras da Prefeitura de Jundiaí, quando em verdade são obras exclusivamente do Estado (ARTESP/CCR-,AUTOBAN)..."

"...Apesar disso, gasta elevados valores com propaganda (comunicação social) , que só no ano de 2015 ultrapassaram a quantia de 10 milhões de reais..."

"...Em 20 anos o gasto estimado é de 200 milhões de reais..."


Esta é uma pálida imagem do escárnio que os prefeitos que se sucedem tem feito com o dinheiro público municipal nos últimos 20 anos.