Era o ano de 1982. Estava chegando ao final o segundo mandato do prefeito de então, o Professor Pedro Fávaro. Um político que mostrou, em sua vida pública, ser perfeitamente possível a honestidade e a política caminharem juntas. Naquele tempo, era deputado estadual um cidadão ligado à área agrícola da cidade. O tal deputado reuniu um grupo de moradores e foi ao gabinete do prefeito para fazer uma reivindicação. Chegando lá, o Professor os recebeu com muita gentileza. Foi quando o deputado disse o motivo de sua visita:
- " Prefeito, nós viemos aqui pedir para o senhor construir um viaduto lá no bairro da Barreira (hoje Vila Rio Branco). A população está pedindo isso ".
- Responde o prefeito: " Ora deputado, este viaduto que o senhor está pedindo eu acabei de inaugurar. Ele passa por cima da estrada de ferro ".
- Insiste o deputado: " Mas prefeito não sou eu quem quero, é o povo ".
- Continua o prefeito: " Tudo bem. Eu construo outro. Mas a prefeitura só vai arcar com 50% do custo da obra. Os outros 50% o senhor tem de conseguir junto ao governador ".
- Retruca o deputado: " Mas prefeito, assim não dá né ? O senhor sabe que como deputado nóis não consegue nada com o governador ".
- Então arremata o prefeito: " O senhor é deputado estadual e não consegue nada com o governador ? Por que o senhor não renuncia ao seu mandato ? "
Resultado: A conversa terminou alí mesmo e o tal viaduto que o "povo" queria, jamais foi construído. Saudades daqueles tempos onde o prefeito Pedro Fávaro adicionava uma postura de dignidade à política local. Hoje, o que sobrou daquela época foi o tal deputado e seus parceiros, que até os nossos dias continuam tendo uma presença política nefasta para os interesses de Jundiaí.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
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17 comentários:
A ordem dos tratores não altera o viaduto
Segundo se comenta, um dos responsáveis pela formação da base e do grupelho que comanda a cidade há 20 anos, já falecido, teria dito: nois vai montá uma estrutura de poder prá comandá Jundiaí por muito tempo ...
Realmente, foi montada uma estrutura de poder nos mesmos moldes daquela dos coronéis Sarney, Barbalho, Collor e Renan Calheiros - muito marketing e cooptação da imprensa falada e escrita e até da televisão, vejam os canais 6 e 25 da NET e a maciota que a TV TEM aborda os assuntos de Jundiaí.
Imprensa investigativa não há. É provável que os repórteres estejam proibidos de pesquisar os processos no FORUM.
oi cesar. tem alguma novidade dos processos que estão no tse. já há alguma pista de data dos julgamentos?
Tayar, de viaduto o tal ex-deputado entende muito bem. Tanto que, com jeitinho brasileiro, trocou o viaduto que seria construído no final da rua do Retiro (ligando esta rua com a av.Amélia Latorre)por outro ao lado da sua casa no "condomínio horizontal de luxo" da família. E onde ninguém paga IPTU e sim ITR. Portanto, Tayar, em se tratando de viaduto o tal ex-deputado é especialista.Bobos somos nós que achamos que esses caras são sitiantes ignorantes.
Uma pergunta, já que perguntar não ofende: onde anda o nosso deputado estadual do PT, o tal de Bigardi? O cara sumiu, o gato comeu a sua língua? Bigardi, cadê você? Apareça. E por falar nisso, onde anda o Mauro Menuchi? Oposição de Jundiaí: que fiasco.
Que falta faz a Polícia Federal por aqui...
Ao Anônimo das 17:57.
Os repórteres não estão proibidos de pesquisar, não o fazem por não possuírem capacidade. Se você escrever uma matéria boa e fidedigna, a Folha (por exemplo) publica, como sempre faz. E ainda ganha um "frila".
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N.A.: frila = free-lancer, pessoa que escreve u'matéria para um jornal (por exemplo) sem possuir com este nenhum vínculo.
E os processos tayar? Como andas? já estamos quase no meio do mês, será que vai julgar isso mesmo?
O mais hilário de tudo, caro Tayar, é que essa gente sem
escrúpulos circula por aí, em todos os eventos e colunas sociais, como se fossem, de fato,
os reis da cocada boa da Terra de Petronilha. Têm poder e dinheiro, isto é verdade, mas apresentam uma deselegância espiritural indisfarçável: ocos por dentro, estampam o mais triste da miséria humana – vaidade, soberba, distanciamento do caos que domina a vida da maioria dos trabalhadores honestos.
São pobres diabos, com os dias contados, cuja herança pesará, e muito, no destino das futuras gerações de suas próprias famílias.
Rezemos por eles!
Merecem misericórdia!
Sobre o viaduto do final da
Rua do Retiro, foi abortado também para dificultar o acesso dos moradores do Bairro Retiro ao supermercado dos franceses do outro lado da Anhanguera, não por patriotismo é claro, mas para evitar a concorrência com os primos do deputado ocultado.
O atual dep. est. não é do PT, e sim do PCdoB.
Lembram que ele ficou sem apoio irrestrito do PT quando das eleições?
Aos anônimos:
Concordo com o Anônimo das ah, chega: muito anônimo escrevendo no pedaço, se identifiquem pela url, oras.
Opa!Apareceu alguém para defender ou falar do Bigardi.Vamos lá cara, conta prá gente onde anda o deputado (do PT ou do PCdoB, tanto faz). Pelo sumiço, ou passou atestado de incompetência ou está preparando grandes novidades. Vamoslá, defensor do Bigardi. Conta prá gente onde anda e o que está fazendo o nosso solerte deputado.
Sem alvará prá defender quem quer que seja. Na última vez que o vi soube que são muitos os compromissos, afinal a região a ser coberta é extensa. Só quis revirar o baú de más recordações e lembrar da falta de apoio da bancada petista aos candidatos locais, além de enquadrar o Bigardi no Partido que o acolheu. tanto faz não, e a ideologia? Prestação de contas é útil e alguns cidadãos até comparecem, fica a sugestão para o deputado que tem a participação popular na sua formação petista.
Tayar:
Faltou a informação de que o Prof. Pedro Fávaro era maçon. Muito, muito diferente dos maçons que estão no poder hoje.
É... na época era um aval ao carater e à honradez.
Hoje... é porco no rolete, feijoada... e condutas não muito dignas.
Ou seja... virou zona.
Qualquer um pode ser.
Êita, Pedrinho não muda mesmo...., na.. na.. ni.. na.. não.....
A Maçonaria de Jundiaí é um arremedo do que realmente deveria ser. Não chega nem aos pés de lojas existentes em outras cidades da região e Brasil, como é o caso de Piracicaba. Nas lojas locais estão encasteladas algumas pessoas que em nenhum momento simbolizam o verdadeiro maçon, como Pedro Fávaro, Virgílio Torricelli entre outros. Tem gente que se encastelou apenas olhando o próprio umbigo, em busca de facilidades e do tráfico de influência da maçonaria baseado em sua imagem de instituição séria. Em síntese, um bando de aproveitadores! Felizmente, não são a regra, mas a exceção que apenas denigre a imagem desta instituição centenária. Faço aqui a ressalva de que não falo de forma genérica. Existem ainda alguns maçons que merecem crédito, mas muitos deles não conseguem ter voz ativa e o resultado é que os oportunistas acabam dando as cartas. Uma pena. Pedro Fávaro, maçon de primeira linha e estirpe, deve estar se revirando no túmulo.
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