Em entrevista no programa Roda Viva desta segunda-feira, a bióloga e pesquisadora Natalia Pasternak Taschner falou sobre a efetividade dos testes do novo coronavírus.
Ela é doutora em microbiologia pela Universidade de São Paulo, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e autora do livro 'Ciência no Cotidiano'.
A cientista falou sobre as diferenças entre o RT-PCR, considerado o teste padrão no diagnóstico da Covid-19, e os testes sorológicos e rápidos.
Sobre os testes rápidos, a pesquisadora foi categórica: " Eles não servem para nada. Eles são ruins. Além de tudo a qualidade deles é duvidosa, a sensibilidade deles é baixa, eles podem dar muito erro de falso positivo, como de falso negativo ", alertou.
Muito bem. Apenas recordando, o prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, adquiriu 10 mil testes rápidos para detectar o coronavírus a serem utilizados na população fazendo uma propaganda gigantesca sobre o fato e apresentando-se como o salvador da cidade.
A empresa contratada, sem licitação pública, para fornecer os 10 mil testes rápidos foi o Instituto Sapiens Vita - Comércio de Instrumentos Médicos e Assessoria Clínica em Saúde, de propriedade do ex-prefeito André Benassi, de nefasta memória.
E agora vem a bióloga e pesquisadora Natalia Pasternak Taschner, doutora em microbiologia pela Universidade de São Paulo e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, e diz que os testes rápidos não servem para nada.
A prefeitura de Jundiaí gastou R$ 1 milhão com a empresa de André Benassi na compra destes testes inúteis que, além de não servirem para nada, mascaram a doença, segundo disse a pesquisadora.
Alguém vai responder por isso ? Alguém vai ser acionado pelo Ministério Público ? Alguém vai ser colocado no banco dos réus ? O prefeito vai ser cassado por improbidade administrativa ? A empresa do ex-prefeito André Benassi vai ser acionada pela justiça ? O dinheiro jogado fora na compra destes 10 mil testes inúteis vai ser devolvido ao erário municipal ?
Não é possível que tudo fique por isso mesmo. É inaceitável que este esbulho termine em pizza. É uma indignação todos ficarmos vendo essa gente apodrecer de tanto levar vantagem na política enquanto a população está abandonada nas mãos do vírus.
6 comentários:
A Imprensa Oficial do Município de Jundiaí, do dia 26 de junho de 2020, edição 4757, página 31, traz uma lei do Sr. Engº Marcelo Gastaldo enterrando de uma vez os anos de estudos de centenas de professoras e professores dessa cidade. Nesta lei, que serve para cobrir a ineficiência do município em construir novas creches, é dado o benefício de “mulheres previamente selecionadas e treinadas” para tomar conta de crianças de zero a 3 anos de idade, oferecendo-lhes comida, brincadeiras e bem estar, ganhando para isto, a quantia de R$ 800,00 por criança, e permitindo atender até 3 crianças.
Hora, uma pessoa sem nenhum estudo, sem conhecimento mínimo de ECA e sem preparo profissional, vai ganhar R$ 2400,00 por mês para cuidar de 3 crianças, enquanto uma Auxiliar de Desenvolvimento Infantil ganha menos do que isso para cuidar de até 20 crianças.
As crianças que vão às creches são orientadas por profissionais que estudaram pedagogia por anos para saber distinguir uma brincadeira fútil de uma brincadeira orientada, visando o desenvolvimento cognitivo e motor da criança.
Para o senhor vereador, a creche serve apenas de um depósito de crianças no qual elas vão para tal lugar para brincar de qualquer coisa, enquanto profissionais que ali estão, ficam apenas olhando para essas crianças, como quem passa o dia olhando para cães dentro de um canil.
Infelizmente, algumas creches já tiveram algumas denúncias de ADI’s ou professoras que maltrataram crianças, mas essas denúncias partiram de outros profissionais que ali estavam para presenciar o fato e manter a ética dentro do trabalho, bem como respeitar as leis contidas no Estatuto da Criança e Adolescente. Quem vai garantir a integridade física, moral e intelectual dessas crianças que estarão dentro de uma casa qualquer? Quem vai garantir a fiscalização desse processo, sendo que nesta gestão foram cortados diversos cargos de supervisoras de educação, que são as responsáveis pela fiscalização dentro das creches e não estão dando conta por ser atualmente um número reduzido de profissionais para tantas escolas?
Essa lei é de uma violência extremamente grande perante aos profissionais que estudaram muito para passar em um concurso público e permitirem que crianças se desenvolvam com dignidade e respeito. O senhor vereador, além de demonstrar total ignorância sobre o assunto, alimenta a diminuição do respeito para com todos os profissionais envolvidos.
Pior que Jundiaí só Itupeva, teve a administração Bocalon que faliu a cidade e agora tem uma OS APGP que diz que administra o hospital, é mais uma daquelas organizações que dão cadeia por exemplo Fenaesc em Cajamar e Vitale Saúde no Hospital ouro verde de Campinas, teve até jundiaienses preso por lá.
Aqui em Jundiaí o Bigardi com o Cláudio Miranda trouxeram a ACEC de Cubatão, mas graças aos funcionários e ao pessoal (da terceira idade) do conselho do São Vicente, mandaram eles embora em 4 meses.
A péssima administração da APGP providenciou a morte de 3 pessoas que foram transferidas para Jundiaí, no maior estilo comédia pastelão, tem até foto de cilindro de oxigenio transportado em maca, pareciam os trapalhões, pena que 3 vidas se foram, além de tudo quando mandam algum funcionário embora não pagam os direitos trabalhistas e mandam procurar a Justiça do trabalho toda vez, Acorda Marcão Marchi, vai sobrar para vc.
O mais esquisito é que a mudança no CNPJ dessa empresa foi em 29 de Abril de 2020
Vejo com frequência placas distribuídas pela Prefa pedindo que as pessoas fiquem em casa.
Ora, quem estimulou as pessoas a saírem de suas casas foi a própria Administração quando relaxou (e bota relaxo aí) , desde o início, a quarentena.
A impressão que passa o Poder Púbico municipal é a mesma daquele cara com a camiseta PEIDEI/NÃO FUI EU.
A responsabilidade do aumento de casos de coronavírus em Jundiaí é da prefeitura. Comércio aberto, shoppings abertos, tudo aberto. E o vereador Ligabó ainda vem dizer que o aumento das contaminações é culpa do povo. Oras bolas, faça-me um favor...
Pô 25 anos de esquemas e nenhuma deligencia séria, ninguém preso, então fica aquela sensação de impunidade e de normalidade e um cenário propício a novas artimanhas.
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