segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
ORIGENS DO DESASTRE ! ! !
Muitas pessoas tem se perguntado a respeito das causas que levaram à prefeitura um grupo de espertalhões que mantém o poder político na cidade há 30 anos. Um modelo que privilegia apenas a duas famílias e que infelicita a tripudiada população jundiaiense.
Vamos tentar aqui buscar as origens históricas desta situação.
As primeiras constituições do Arcebispado da Bahia, em meados do ano de 1707, aprovaram as seguintes determinações: exortar aos senhores no bom trato dos escravos fornecendo-lhes sustento necessário em alimentos e vestuários, bem como o descanso nos Domingos e dias de santos. Também regulamentou a catequese ministrada aos escravos, bem como proibiu os batismos forçados.
Além disso, defendeu o direito dos escravos ao usufruto do sacramento do matrimônio, mesmo contra a vontade dos senhores, conforme permitia o Direito Canônico. Outra determinação foi a obrigação dada ao senhores de concederem aos seus falecidos escravos missas de corpo-presente e sétimo dia de falecimento, bem como uma sepultura.
Isso mostra que esta mesma Igreja Católica que durante vários séculos patrocinou os Tribunais de Inquisição foi, no mínimo, conivente com a escravatura, apoiando veladamente esta vil política pública levada a cabo pelos grandes latifundiários da época muito próximos ao império.
Já a classe política latifundiária brasileira auferiu sempre seus grandes lucros escravizando seres humanos e tratando-os como se fossem meros objetos de seus interesses políticos e econômicos.
Como exemplo desta face latifundiária, aqui em nossa cidade, tivemos o Dr. Antônio de Queiroz Telles, o Barão de Jundiaí. Ele foi produtor de café e cana-de-açúcar, proprietário de um monumental latifúndio denominado de "Sítio Grande", que mais tarde foi dividido originando as fazendas São Luís, Buritis, Boa Vista e Santa Gertrudes.
Também foi juiz de paz, vereador, membro da assembléia provincial, deputado, delegado de polícia e proprietário de um grande número de escravos que trabalhavam em suas propriedades.
Como podemos notar, o modelo político escravo na cidade vem de há muito tempo até os dias de hoje. A diferença é que antes de ocorrer a aprovação da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no país, os escravos eram acorrentados no tronco sob os olhos da Igreja Católica.
Nos dias de hoje os escravos modernos são acorrentados pela propina pública, pela corrupção, pela chantagem política, pelo imundo poder econômico, pela política de famílias e pelos acordos inconfessáveis e inaceitáveis levados a cabo na calada da noite do mundo político.
Se a sociedade ficou livre da escravidão dos pelourinhos, ela passou a ser vítima da escravidão da imoralidade pública.
Assim sendo, a aprovação da Lei Áurea, em 1888 pela Princesa Isabel, foi uma grande mentira. A escravidão no Brasil continua igual. Apenas mudou de roupagem e de instrumentos.
Somente para ilustrarmos esta cultura escravagista que deu origem ao modelo político em que vivemos na cidade nos dias de hoje, leiam abaixo uma publicação do jornal Gazeta de Campinas, de 1874, que mostra esta realidade parida em tempos imemoriais:
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11 comentários:
Cesar, olhe só o que estão fazendo com nosso pobre galinho. Como puderam aceitar um jogador, sem ao menos verificar sua situação documental? Simplesmente lamentável. É mais um passo para que o boneco de Olinda acabe com o centenário Galo do Japy.
Se alguém trabalhar em qualquer parte (Setor público ou privado) e não receber seu salário em dia é um escravo...
Até quando??
César meu caro amigo, boa noite!
Fugindo um pouco do tema de sua publicação, gostaria de fazer um comentário sobre o Paulista Futebol Clube.
Esse caso envolvendo um jogador com identidade falsa, sinceramente, não me surpreendeu pois, desde lonfazer data que um grupo de espertalhões tem feito uso do pobre galo com trampolim político e de prestígio. Ora, e inaceitável que um clube dotado de inúmeras personalidades que atuam no mundo jurídico não tenha se acautelado ao fazer a contratação de seus jogadores. Isso demonstra que a incompetência e o despreparo paira sobre os ditos dirigentes. Ignorância e incompetência caminham junto às. Esse é o retrato do Paulista de Jundiaí, infelizmente.
Tem uma diferença nobre César..O escravo BA se fugir o politica dará Graças a Deus.. Não posso falar do Adilton Garcia que jamais fugirá dos seus coronéis..Parabéns pelo artigo...Excelente
o time do paulista pela incompetência dos jogadores que passaram por este time já deveria ter fechado. O PAULISTA É A VERGONHA DE JUNDIAÍ.
Desculpe-me, vergonha é ter um cidadão que tenha um pensamento igual a você !
Tibúrcio
O amigo torcedor está enganado quanto ao exame preliminar da documentação de cada atleta.
O procedimento, nesse caso, foi feito corretamente.
A documentação do atleta estava coerente com os registros tanto da CBF
como da FPF.
A má fé foi do atleta e, possivelmente, de quem possa tê-lo orientado
quando falsificou sua documentação, fato de teve ter ocorrido há mais
de dois nos.
E. Martinelli
Acontece que, segundo a imprensa paulistana, já haviam rumores de que o jogador tinha falsificado seus documentos. Já era sabido. Cabia ao INCOMPETENTE presidente do Galo AFASTAR o jogador e apurar os fatos. Se realmente investigarem a fundo toda essa história, vai aparecer caroço neste angú.
Cesar, vc ficou sabendo do que houve com o ex-colaborador do blog, Gilberto Valverde? Foi preso no poupa tempo. Havia um mandado de prisão contra ele há tempos.
Soubemos do fato hoje pela manhã. Aliás gostaríamos de aproveitar o assunto levantado pelo amigo anônimo das 08:42 para comentarmos a matéria profundamente lamentável que o Jornal de Jundiaí publicou hoje sobre esta questão.
A matéria mostra os detalhes judiciais. Até aí tudo bem. Mas no final viria a pérola.
No texto final o jornal diz que o engenheiro era um militante de esquerda e que foi um opositor ferrenho aos governos tucanos, querendo mostrar que as pessoas de esquerda e que fazem oposição ao PSDB acabam presos.
Que tristeza, hein ? Queremos aqui oferecer mais uma vez os nossos pêsames a este diário que deixou de lado a sua face jornalística para ser um mero folhetim tucano. Uma lástima.
Resumindo, o que acontece em Jundiaí é uma VERGONHA NACIONAL...
Concordo com os comentários sobre a falta de investigação, porque se realmente a tivessem feito, iriam ver que se tratava de um detento, ou alguém com antecedentes criminais...VEXAME !!
Meu pai, já falecido, amava o Paulista... muito triste!
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