ÓRFÃOS DE PAI E MÃE ! ! !

FOTO: Situação dos pacientes nos corredores do Hospital São Vicente.

Essa atitude da prefeitura de ir ao Ministério Público sobre a condição do atendimento do Hospital Regional é muito estranha. Oras bolas, o executivo municipal não dá conta nem do seu hospital, quanto mais o dos outros. Acontece cada coisa, hein ?

Vale lembrar apenas que, apesar do hospital ainda não funcionar com 100% de sua capacidade, a gestão do Hospital Regional não tem nada a ver com o governo estadual, uma vez que toda a sua responsabilidade administrativa está a cargo do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, ligado ao Hospital Sírio-Libanês.

Por outro lado, a administração dos hospitais públicos aqui em Jundiaí sempre foi uma calamidade. Vamos refrescar a nossa memória ?

Em 1999 o Ministério da Saúde fez uma auditoria sobre a assistência à saúde na cidade. Em seu minucioso relatório final, o responsável pela coordenação desta auditoria, Carlos Eduardo Viana Santos, constatou que 45% das internações do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo foram cobradas indevidamente, ou seja, cobraram do Sistema Único de Saúde procedimentos que não foram realizados.

O nome para isso é curto e grosso: FRAUDE. E fraude com o dinheiro público, meus amigos, é crime.

Aí os leitores deste blog poderiam então perguntar: Tayar, por acaso alguém foi para a cadeia ?

A resposta é simples e direta: NINGUÉM. Sabem por quê ? Simples, meu caro Watson.

Na época o Presidente da República era Fernando Henrique Cardoso, do PSDB; o Ministro da Saúde era José Serra, do PSDB; o Governador de São Paulo era Mário Covas, do PSDB; e o prefeito de Jundiaí era Miguel Haddad, também do PSDB. Todos do mesmo partido.

E o pior. O diretor do Hospital São Vicente na época, responsável pela fraude, além de não ter sido levado à justiça foi promovido ao cargo de Secretário Municipal de Saúde pelo então prefeito Miguel Haddad, que hoje, como deputado, quer cassar a presidente Dilma Rousseff acusando-a de crime de responsabilidade. Está bom ou querem mais ?

Segue o relatório da auditoria do Ministério da Saúde referido no post:

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