quarta-feira, 22 de outubro de 2008

CONDUTAS DEPLORÁVEIS DO ESTADO ! ! ! ( I )

Em 1982, o governo de Roma designou Alberto de la Chiesa como o principal caçador de mafiosos. Ele era general dos carabinieri e havia conquistado grande prestígio através do combate ao terrorismo de esquerda. Em maio de 1982, tornou-se o chefe de polícia da Sicília e anunciou o combate à máfia: "Só existe um poder, o do Estado, das suas instituições e leis. Não podemos abdicar deste poder em benefício de criminosos, de elementos brutais e desonestos."

De la Chiesa reivindicou poderes especiais ao Estado. Ele levava a sério a luta contra a máfia, o que era percebido pelos chefões. Na noite de 3 de setembro de 1982 dois pistoleiros profissionais fuzilaram De la Chiesa. Sob o fogo cerrado de duas Kalachnikovs, o general morreu no centro de Palermo, porque o Estado italiano o abandonara à sua sorte na Sicília.

No tribunal, a filha do chefe de polícia, Rita, fez graves acusações: "Quando cheguei ao necrotério, encontrei uma coroa de flores da Região da Sicília sobre o caixão do meu pai. Mandei que fosse retirada. Lembrei-me do que meu pai nos dizia freqüentemente – quando a máfia manda matar alguém, a primeira coroa de flores é dos mandantes do crime."

O crime permaneceu impune. O chefe da Cosa Nostra siciliana, Nito Santa Paula, chegou a ser julgado e condenado à prisão perpétua, mas foi inocentado em segunda instância. (CONTINUA)

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