segunda-feira, 25 de agosto de 2008

ELEITOR, FIQUE ATENTO COM AS MENTIRAS ! ! !

" Posso garantir que todos os bairros da cidade terão investimentos em segurança ". Estas foram as palavras do candidato a prefeito Miguel Haddad, ontem, em um dos bairros da cidade. Mais uma enganação pré-eleitoral. Ele deveria ficar vermelho de vergonha ao fazer uma afirmação como esta. A insegurança pública é geral em Jundiaí. Polícias desarticuladas; Guarda Municipal sucateada; Baixos salários no setor; Plano Municipal de Segurança Pública, contado em prosa e verso pelo PSDB, esquecido em alguma gaveta da prefeitura. Ora, chega de achar que o povo é trouxa. Os iluminados tucanos acreditam que é só jogar algumas mentiras na cara das pessoas que serão eleitos. Caiam fora. Vão cuidar da vida. Deixem a administração pública para pessoas competentes, o que não é o caso dos últimos prefeitos que a cidade teve. André Benassi, Miguel Haddad e Ary Fossen são considerados em toda a cidade como os símbolos do descaso com a coisa pública. E quem sofre com isso é a população que precisa de atendimento médico e não tem; Que precisa de escola de qualidade e não tem; Que precisa de creche e não tem; Que precisa de transporte coletivo rápido e barato e não tem. Meu caro candidato Miguel Haddad, vai baixar em outra freguesia que esta já está esgotada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Da mentira como virtude política

A democracia vive hoje da mentira. Sob todas as suas formas: ocultação, contradição, correção, circunstância superveniente ou melhor ponderação. Há os que sabem tudo e hoje dirão: "Os políticos sempre mentiram." Pode por isso parecer ingenuo ficar surpreendido com o modo como a mentira se instalou na vida política. Mas a verdade é que o hábito vem ganhando contornos inéditos. Quase todos a usam. Quase todos a perdoam. A mentira é corrente. Ganhou novas feições. É por vezes obrigatória. Recomendável, de qualquer maneira. Até sinal de esperteza. Nas relações humanas e familiares, a mentira é castigada. Nos empregos, condenada. Na justiça, apesar de o perjúrio ser olhado com complacência, é mal vista. Mas na política… Na política… É apreciada. Se um político mente para dar emprego aos seguidores, derrotar os adversários ou enganar parceiros, o seu gesto tem todas as probabilidades de ser festejado.

A mentira, a fria mentira transformou-se em instrumento de governo. Há muito que os políticos mentem, aqui e ali. Mas sempre com alguma má consciência. Ou desculpa. Ou sentimento de culpa. Agora as coisas mudaram: mentir é possível, simples e necessário. Sem remorsos nem correção. Se a intenção é boa, qualquer meio serve e a mentira é necessária.

Há quem pense que a mentira é reservada às ditaduras. Sem imprensa livre ou oposição legal, qualquer ditador mente quanto e quando lhe apetece. Isso é verdade. Com a democracia, tudo seria diferente. A liberdade de expressão e a imprensa seriam suficientes para conter a mentira. Os partidos e as associações de interesses obrigariam os governos a dizer a verdade. As eleições seriam um corretivo para os políticos mentirosos: exigentes, os eleitores castigá-los-iam. Infelizmente, nada disto é verdade. A democracia vive hoje da mentira. Sob todas as suas formas: ocultação, contradição, correção, circunstância superveniente ou melhor ponderação. A política tem regras parecidas com as que vigoram no futebol, nalguns negócios e na guerra: o único critério importante é ganhar. Só são condenados os que mentem e perdem. Os que mentem e ganham são respeitados.

Não aumentar os impostos é uma mentira clássica. Criar emprego é outra.
A verdade é que esta é a mais frequente das variedades da mentira, mas que parece também ter o perdão da opinião pública e a desatenção da imprensa. Não fazer o prometido, deixar de o fazer ou fazer outra coisa é uma forma de sublinhar a mentira original. Mas também passa, na política, por benigno constrangimento.

A mentira tem-se transformado, nestas décadas, na moeda comum das democracias ocidentais.

Será possível contrariar esta nefasta tendência para a mentira? É difícil. Não há esperança nos vereadores. Como estes se tratam sempre, uns aos outros, de mentirosos, já ninguém acredita. Se a nossa mídia escrita, falada ou televisiva, estivessem à altura, talvez a sucessão de mentiras não fosse tão rica. Mas também parece que, com frequência crescente, gostam do novo hábito. Que usam com volúpia. Ou perdoam com malícia.

Anônimo disse...

É amigo anônimo, infelizmente é disso pra pior. E alguns políticos da cidade têm caprichado nisso....