sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

JOGO DE PALAVRAS ! ! !

É incrível como as autoridades insistem em enganar a população. É uma mentira atrás da outra. Primeiro foi o governador dizendo que em São Paulo não aconteceria o racionamento de água. Nos últimos dias já foi anunciado que a capital, em breve, ficará 5 dias sem água e 2 dias com água. Em Jundiaí não é diferente. O atual governo tem a mesma postura que o PSDB dizendo que a cidade não terá problemas com água já que a represa está com 100% de sua capacidade.

Quando a represa foi projetada ela deveria ter a cota de 720 metros. Ao ser concluída ela ficou apenas com 711 metros necessitando de obras complementares para que atingisse a cota projetada. O ex-prefeito Miguel Haddad simplesmente abandonou a conclusão da obra deixando tudo como está até hoje, se tornando um dos principais responsáveis pela situação hídrica delicada em que vivemos. Portanto o fato da represa estar cheia não quer dizer nada. O centro principal da questão agora é o Rio Atibaia que está conectado com o Sistema Cantareira que já está quase morto. A cidade de Jundiaí é totalmente dependente do Rio Atibaia para o seu consumo de água pois retira de lá 1.200 litros por segundo enquanto do Rio Jundiaí-Mirim apenas 200 litros por segundo. Se não pudermos mais retirar água do Rio Atibaia, a água de nossa represa, mesmo cheia, é suficiente só para 90 dias.

Além disso, o atual presidente da DAE S/A, Jamil Yatim, vem agora a público dizer que serão necessárias novas obras na represa para que não ocorram problemas de abastecimento, reconhecendo a extrema necessidade dos complementos que temos cobrado neste blog. Como se diz na linguagem popular, eles esperaram o ladrão arrombar a porta para colocar a tranca. Perguntas: Por que não começaram estas obras antes ? Por que o nobre ex-prefeito Miguel Haddad, que diz com a maior cara de pau que Jundiaí tem água para 50 anos, não colocou um tijolo sequer nestas obras complementares necessárias à cidade ? É preciso que as atuais e as ex-autoridades assumam todas as suas responsabilidades ao invés de ficarem neste jogo de palavras que a população não aceita mais. Nós cansamos de ser massa de manobra.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

A ÁGUA E O LUCRO ! ! !

Fábrica da Coca-Cola no distrito industrial na cidade de Jundiaí.

Ao nos aproximarmos de um racionamento de água na capital e em Jundiaí muitas questões que envolvem os recursos hídricos começam a frequentar os debates. Uma delas é o uso da água por empresas que consomem volumes altíssimos deste bem. Em Jundiaí a situação é altamente preocupante. Há muitos anos instalou-se em nossa cidade a empresa norte-americana Coca-Cola cuja principal matéria prima é a água. A outorga desta empresa concedia o direito para que fosse retirada muita água do subsolo de nossa região. Porém, em 2014, o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público de Campinas instaurou um rumoroso inquérito para investigar a denúncia de que a DAE, empresa responsável por todo o tratamento e distribuição na cidade, estaria desviando 500 litros por segundo de água bruta do Rio Atibaia para abastecer a fábrica local da Coca-Cola. O promotor Rodrigo Sanches Garcia explicou que, caso se confirmasse a suspeita, o ato caracterizaria descumprimento da licença de captação por parte da empresa pública, já que a outorga proíbe a transferência da água direto do rio para terceiros. A DAE e a Coca-Cola negaram qualquer irregularidade e afirmaram também que a água fornecida à indústria é tratada. Para mais detalhes sobre este lamentável e inacreditável assunto acessem o link abaixo:

http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/08/mp-investiga-desvio-irregular-de-agua-do-atibaia-para-fabrica-da-coca-cola.html

Além da Coca-Cola outra empresa retira enorme quantidade de água do subsolo da Serra do Japi para a sua comercialização: A Danone. Essa água utilizada e engarrafada pela Danone, a Bonafont, está sendo retirada do subsolo na região da Serra do Japi pela Mineração Joana Leite Ltda., adquirida pela Danone, que diz ter autorização federal para retirar a água. O endereço da mineração é o mesmo da filial da empresa Bonafont, no bairro do Medeiros em Jundiaí, como os nossos amigos podem verificar e confirmar nas imagens abaixo:

Rótulo da água da Danone mostrando o seu endereço em Jundiaí.



Filial da empresa Bonafont localizada no Medeiros em Jundiaí.


Assim sendo podemos perceber claramente que a crise da água não é apenas culpa da falta de chuva e de São Pedro. Além do descaso da prefeitura com novas obras para captação e armazenamento de água, as empresas multinacionais que utilizam água apenas como fonte de lucro deitam e rolam em Jundiaí sob as barbas do poder público local. Quando os mandatários acordarem já será tarde demais pois a nossa população já estará sem água e na rua da amargura. Uma lástima !!!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A ÁGUA ABANDONADA ! ! !

Este blog vai continuar denunciando toda a mentira que envolve esta questão da água em nossa cidade. Não é possível que esse bem tão fundamental para a vida humana continue sendo tratado com essa tamanha irresponsabilidade. E o pior: Com o iminente racionamento de água preferem o discurso fácil colocando a culpa do caos que se aproxima na falta de chuva e em São Pedro. Em primeiro lugar, a nível estadual, o governador Geraldo Alckmin é o grande responsável pelo desastre do Sistema Cantareira pois a obras necessárias para que esta situação fosse evitada não foram feitas. Já no âmbito do município a negligência pública sobre esse assunto é a mesma.

Há quase 30 anos o eng° Ruy Chaves elaborou um projeto técnico para que fossem construídas em Jundiaí 4 represas de água para que a população tivesse, no futuro, uma agradável tranquilidade hídrica. Nestes 30 anos apenas 1 represa foi concluída, o que constitui-se um desleixo imperdoável dos prefeitos que se sucederam. Mas não foi por falta de dinheiro que este descaso foi efetivado. Por exemplo: Em seu último mandato, o ex-prefeito Miguel Haddad, de uma maneira profundamente lamentável, gastou R$ 50 milhões na reforma da Av. 9 de Julho e mais R$ 33 milhões com o publicitário Duda Mendonça para fazer propaganda política de seu governo. Já o atual prefeito, o eng° Pedro Bigardi, vai gastar R$ 125 milhões na 1ª fase da construção do BRT e mais R$ 400 milhões na 2ª fase. Isso mesmo. Serão R$ 525 milhões destinados ao BRT, um projeto caro e de utilidade altamente duvidosa diante da realidade do transporte coletivo da cidade.

Somando-se toda esta fortuna que Miguel Haddad e Pedro Bigardi jogarão pela janela, o valor total seria mais do que suficiente para que fossem construídas as 3 represas que faltam para o complemento do projeto do saudoso eng° Ruy Chaves. Enquanto estes milhões são queimados, o ex-prefeito Miguel Haddad desfruta de seu patrimônio acumulado em todos estes anos de agitada vida pública, patrimônio este de R$ 11.383.318,30 segundo declarou à Justiça Eleitoral. Já no que lhe diz respeito, o prefeito Pedro Bigardi aproveita todos os seus momentos inesquecíveis e agradáveis respirando o ar puro do bairro da Malota, para onde se mudou no final de 2012. Assim sendo, caros amigos, quando o racionamento de água chegar, quando nós abrirmos as torneiras de nossas casas e não sair nada, vamos nos lembrar de Miguel Haddad e Pedro Bigardi, protagonistas desta cinzenta política sobre a água e que a população de Jundiaí jamais poderá esquecer.