segunda-feira, 13 de julho de 2015

A HISTÓRIA DA ÁGUA ! ! !

Com a construção da represa de Jundiaí, a cidade teria autonomia no abastecimento de água. Mas, uma sequência de idas, vindas, mandos e desmandos tornou-a uma "história da Carochinha". Hoje todos nós dependemos apenas do Rio Atibaia já no seu limite pois esse rio está conectado com o Sistema Cantareira já quase exaurido. Há longos vinte anos não se coloca um tijolo na construção de novas obras de captação e armazenamento de água em Jundiaí.

Quando foi planejada a represa deveria atingir uma cota de 720 ms com um investimento de R$ 50 milhões. Para não gastar mais com desapropriações o ex-prefeito Miguel Haddad determinou que a cota seria de 715 ms. Hoje a cota da represa está em 711 ms. Além disso, em 1994 foi construída uma barragem na represa pela Construtora Camargo Correa, hoje denunciada na operação Lava-Jato. Toda esta barragem, como o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo apontou na época, foi superfaturada em 320%.

Mas os descalabros maiores começariam no final daquela década.

No dia 21 de dezembro de 1999 o então prefeito Miguel Haddad enviou um projeto para a Câmara Municipal extinguindo a autarquia e transformando o DAE em uma empresa de economia mista, uma S/A, com um capital social de R$ 20 mil.

Para isto o alcaide tucano organizou a estrutura acionária da empresa da seguinte forma: A prefeitura ficaria com 19.900 ações e cinco secretários da prefeitura comprariam 20 ações preferenciais cada um. Estas ações preferenciais, no valor de R$ 1 real cada uma delas, dariam aos cinco secretários o direito de opinar na gestão da nova empresa assim como receberem os dividendos destas ações.

No dia 27 de julho de 2000, seis meses depois, os acionistas da empresa DAE S/A, ou seja, o prefeito Miguel Haddad representando a prefeitura e os cinco secretários, convocaram uma Assembléia Geral Extraordinária onde aumentaram o capital social da empresa de R$ 20 mil para R$ 170 milhões.

O resultado disso foi que no balanço do ano de 2002, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 2004, toda a empresa já apresentava um prejuízo de R$ 100 milhões e estava pagando alguns milhões em impostos como S/A que não pagava como autarquia.

O atual prefeito Pedro Bigardi assumiu um compromisso durante a campanha eleitoral de 2012 de fazer a DAE S/A retornar à condição de autarquia municipal o que não ocorreu até hoje, traindo a confiança do povo de Jundiaí e apunhalando pelas costas os seus eleitores.

2 comentários:

Anônimo disse...

Coitado do Ruy Chaves deve estar se virando no túmulo.

Anônimo disse...

A imprensa vendida de Jundiaí continua sem dar um pio sobre essa vergonha que aconteceu no DAE. Que b......