quarta-feira, 26 de junho de 2013

A ILUSÃO DA REPRESENTATIVIDADE ! ! !

Os movimentos populares que explodiram em todo o país nas últimas semanas mostraram que a credibilidade da democracia representativa já foi para o devido espaço. É um pensamento quase unânime que os políticos que se elegem para o executivo ou para o legislativo não representam os interesses do povo mas sim os seus próprios ou do grupo que pagou a suas campanhas. Daí todos vermos no Congresso Nacional a bancada evangélica e a bancada ruralista, por exemplo, como demonstração de que os parlamentares estão ali para favorecerem a interesses cartoriais e não populares. Como Jundiaí faz parte do Brasil, aqui acontece a mesma coisa. Ontem houve uma ruidosa manifestação popular de protesto na Câmara Municipal, o que fez com que o presidente da casa interrompesse a sessão para dar a palavra aos estudantes presentes no ato. O comandante do legislativo, Gerson Sartori, disse que iria parar a sessão em respeito aos interesses do povo e que os presentes tinham o direito à palavra. Tudo cascata e demagogia barata. O vereador Gerson Sartori não pensou nos direitos do povo quando, junto com Durval Orlato, sentou-se à mesa com o ex-vereador Jorge Haddad para efetivar os acertos políticos de costume. Mas agora, como o povo está com a faca nos dentes, o parlamentar vem com esta conversa fiada. Então funciona assim: Na frente do povo, respeitam os direitos deste. Quando o povo vira as costas, eles cuidam apenas do seu próprio capital político visando as próximas eleições. Uma definição perfeita de nossa porca democracia, que mostra ser uma grande mentira, podemos ver em 'O 18 Brumário de Luís Bonaparte', quando Marx diz o seguinte sobre o voto: " O sufrágio universal parece ter sobrevivido apenas por um momento, a fim de fazer, de próprio punho, o seu último testamento perante os olhos do mundo inteiro e declarar em nome do próprio povo: Tudo o que existe merece perecer ".