quinta-feira, 17 de maio de 2012

UMA TRAGÉDIA ANUNCIADA ! ! !

Era o início da década de 1980. Governava a cidade um certo ex-prefeito que estamos impedidos pela justiça de citar o seu nome aqui no blog. Logo no começo de seu mandato ele adotou uma medida que mostrava, para toda a cidade, qual seria a maneira com que a saúde pública de Jundiaí seria tratada nos anos seguintes: Fechou a Faculdade de Medicina de Jundiaí alegando que ela não acrescentava nada à saúde do município. Na sessão da Câmara Municipal da noite em que foi aprovado o fechamento da escola, à medida em que os vereadores subiam à tribuna para votarem a favor deste ato insano, os alunos da faculdade atiravam moedas nos parlamentares. Um dos que votaram a favor do fechamento da escola médica na época foi o então vereador Miguel Haddad. Estava escrito ali o prefácio da tragédia. Após 26 anos deste grupo nefasto no poder local, a cidade vive a grave situação da desassistência médica pública materializada no Hospital de Caridade São Vicente de Paulo. A situação é tão caótica que o Ministério Público, acertadamente, impetrou uma Ação Civil Pública no fórum local pedindo a interdição do Pronto Socorro daquele hospital. A realidade é desumana pois os pacientes que para lá se dirigem ficam praticamente empilhados nos corredores do hospital, com dor, durante horas, aguardando o atendimento. Os funcionários do hospital se desdobram para dar conta da demanda mas não conseguem. Na realidade, a culpa não é deles e sim de 20 anos de negligência da administração municipal e de incompetência dos secretários de saúde que por lá passaram. O símbolo maior desta negligência é o fato de a prefeitura ter gasto R$ 54 milhões com o publicitário Duda Mendonça ao invés de investir este dinheiro na saúde pública com a construção de um novo Pronto Socorro para o Hospital São Vicente e a reforma da Casa de Saúde para que o estado abrisse o Hospital Regional. Mas não. O objetivo maior deles é se perpetuarem no poder local, o que faz com que o investimento em publicidade seja muito mais importante que o atendimento médico, afinal de contas quando os líderes do PSDB ficam doentes eles vão a São Paulo e procuram o Hospital Oswaldo Cruz, o Hospital Albert Einstein ou o Hospital Sírio-Libanês. Mas e o povo de Jundiaí que não pode ir nestes hospitais ? Bem, o povo, caros amigos, é apenas um detalhe que não tem a menor importância para os donatários da capitania de Jundiaí e pode muito bem ficar jogado pelos corredores cinzentos dos hospitais locais ao sabor do descaso público e da indigência política que dominam a cidade há mais de duas décadas.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A POLÍTICA COMBINADA ! ! !

A partir de 15 de novembro de 1889, quando o Mal. Deodoro da Fonseca proclamou a república, projetava-se que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário teriam atuação independente, cumprindo cada um com a sua função republicana quando estivesse em jogo a Res Publica, ou seja, a coisa pública. Infelizmente isso não aconteceu. Recentemente o legislativo jundiaiense foi palco de um ato vergonhoso colocado a público pelo vereador Tico. Em um pronunciamento feito por este edil, em uma sessão ordinária, ficou bastante claro o relacionamento de promiscuidade existente entre o Executivo e o Legislativo de Jundiaí. Disse o vereador: " Aqui nós temos lado. Somos do lado do prefeito Miguel Haddad ". Triste e infeliz colocação, já que todos imaginávamos que um vereador, ao ser eleito pelo povo, estivesse do lado dos interesses deste povo e não do prefeito. Mas o pior veio depois. Em uma colocação profundamente lamentável e inconcebível, o vereador Tico foi bastante claro: " Peço aos colegas de bancada que aprovem as emendas de acordo com o que combinamos ". Oras bolas, quer dizer que os projetos que os vereadores "do lado do prefeito Miguel Haddad" aprovam não são analisados conforme o interesse da cidade e sim de acordo com o "combinado com o prefeito" ? É o fundo do poço. Assistam no vídeo abaixo o descaramento que toma conta da política de Jundiaí.