sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ME ENGANA QUE EU GOSTO ! ! !

Meus amigos. A cada dia que passa a desfaçatez com o dinheiro público em Jundiaí aumenta de maneira inaceitável. Os coronéis da cidade governam como se o município fosse um mero curral de suas aspirações pessoais. Perderam todos os limites a ponto de publicarem seus desmandos nos jornais sem a menor cerimônia. Leiam abaixo duas publicações efetivadas na Imprensa Oficial do Município dos dias 04/11/2009 e 19/11/2010 e caiam de costas. Isso mesmo. Publicações diferentes, empresas diferentes, valores diferentes, contratos e processos diferentes, mas a obra é a mesma. Vejam os detalhes:

Imprensa Oficial do Município
Dia 04/11/2009
Contrato nº 128/09
Processo nº 20.506-1/09
Obra: Cobertura para quadra poliesportiva
Local: EMEB Pedro de Oliveira
Empresa contratada: Metal Aço Com. e Construção Ltda.
Valor: R$ 333.217,62

Imprensa Oficial do Município
Dia 19/11/2010
Contrato nº 188/10
Processo nº 22.588-5/10
Obra: Cobertura para quadra poliesportiva
Local: EMEB Pedro de Oliveira
Empresa contratada: Construtora Garcia e Saltori Gate Ltda.
Valor: R$ 587.695,78


O povo pergunta: Alguma autoridade da prefeitura pode explicar o que está acontecendo ? Será que a explicação é muito difícil ?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A DITADURA DOS NÚMEROS ! ! !

Iniciativas econômicas grandiosas, somadas a uma propaganda competente, culminaram no governo Médici com o chamado "Milagre Econômico" (1968 a 1973). Seu principal artífice foi o economista Antônio Delfim Netto, que já tinha sido ministro da Fazenda no Governo Costa e Silva. O então ministro foi o useiro e vezeiro na manipulação dos números para justificar os projetos da ditadura. Como diz um antigo ditado, a história sempre se repete. A nível municipal as práticas são idênticas às dos tempos do arbítrio militar. Ontem aconteceu uma chamada audiência pública na Câmara Municipal. Dizemos "chamada" porque de audiência pública não teve nada. Na verdade foi um mero comunicado público sobre o orçamento de 2011 não havendo oportunidade para ninguém sugerir ou contestar absolutamente nada. Bem ao estilo do ex-ministro Antônio Delfim Netto, o secretário de finanças de Jundiaí despejou uma tonelada de números nos presentes apresentando o "milagre econômico jundiaiense". Usem a definição que quiserem, ou seja, balela, conversa fiada, conversa para boi dormir, papo furado, enfim, qualquer coisa. A realidade que interessava não foi tocada. Por exemplo: Por que o secretário não explicou o motivo da capacidade de investimento da prefeitura ser de pífios 9% ? Qual a explicação para a dívida de Jundiaí ter ultrapassado a casa dos R$ 320 milhões ? Pois é. Não explicou nada. Resumiu-se em jogar para o público os números fabricados no Paço Municipal. Só faltou ele dizer o que Delfim Netto disse na ditadura: "Precisamos fazer crescer o bolo para depois dividí-lo". Só que o bolo prometido pelos militares azedou e não foi dividido até hoje.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A FORÇA DA OPOSIÇÃO ! ! !

Muitas críticas tem sido dirigidas à oposição política em nossa cidade. Podemos concordar que os partidos de oposição deveriam ser mais ativos e contundentes do que tem sido. Mas a imagem que se passa por aí, que interessa ao grupo dominado pelo PSDB, é de que Jundiaí não tem oposição. Isso não é verdade. Nas eleições de 2008 a oposição enfrentou, além da máquina pública, uma verdadeira indústria de fazer dinheiro. Com todo este poder de fogo, os coronéis por muito pouco não perderam a eleição. Além disso, se analisarmos o resultado final de 2008 veremos que 2/3 dos eleitores da cidade não votaram no candidato tucano. Já nas eleições de 2010 o quadro foi o mesmo. Tanto é que o vice-prefeito interino, Luiz Fernando Machado, teve 70.000 votos fora de Jundiaí e apenas 50.000 na cidade. Está claro que o jundiaiense já se cansou deste feudo tucano montado nos últimos 20 anos. Por outro lado, há de se reconhecer as dificuldades de se fazer oposição em uma cidade coronelista e de cartas marcadas como a nossa. Além das questões políticas existem todas as perseguições empreendidas pela guarda pretoriana do PSDB sobre aqueles que se atrevem a se opor aos interesses palacianos do 8º andar. Mesmo com todos estes obstáculos a perspectiva para 2012 é muito boa. Além da rejeição demonstrada ao PSDB pelo eleitorado nos últimos pleitos existe, hoje, um entendimento entre os partidos de oposição da necessidade de unirem esforços para desalojarem os tucanos do executivo municipal. Então, caros amigos, o bicho não é tão feio quanto pintam e a virada política daqui há 2 anos é perfeitamente possível. Vamos à luta companheiros !!!

domingo, 14 de novembro de 2010

A CICA DESPEDINDO-SE PARA SEMPRE ! ! !

Na última sexta-feira estivemos na loja TELHANORTE para a compra de um material que precisávamos. Na hora de sairmos de lá perguntamos ao vendedor o por que da loja estar quase vazia. O funcionário nos respondeu o seguinte: " O novo dono do prédio pediu o imóvel, por isso estamos de mudança ". A pergunta feita por nós foi óbvia: " Mas quem é o novo dono do imóvel ? ". A resposta do funcionário foi rápida: " O novo dono do prédio é o Miguel Haddad ". Pagamos a conta e deixamos a loja. A Companhia Industrial de Conservas Alimentícias - CICA foi a maior multiprodutora agrícola brasileira. A empresa foi fundada em 1941 como resultado da associação do banqueiro Alberto Bonfiglioli com as famílias Messina, Guerrazzi e Guzzo, entre outras. A CICA depois de décadas de atuação transformou-se em uma verdadeira bandeira da cidade de Jundiaí. Em 1998, durante a gestão do então prefeito de fato Miguel Haddad, a empresa, que chegou a empregar cerca de 4.000 funcionários, foi embora da cidade por puro descaso da administração municipal da época que não moveu uma palha sequer para segurá-la. Hoje, todo o patrimônio que restou tem um destino quase certo devido ao histórico do novo proprietário: Mais um condomínio de luxo no município. E assim caminha Jundiaí. Uma cidade que já foi berço de homens extraordinários como o Engº Jayme Pinheiro de Ulhôa Cintra, um dos maiores nomes da engenharia ferroviária brasileira; o Engº Francisco Paes Leme de Monlevade, o precursor da previdência social dos ferroviários no Brasil; o Dr. Eloy de Miranda Chaves, deputado federal que fez aprovar no Congresso Nacional a lei que criava a previdência social no Brasil. Eles e tantos homens brilhantes viveram e foram sepultados nesta terra que tanto amaram. Porém, a atualidade de Jundiaí é muito triste. A nossa história está sendo jogada pela janela, de maneira vergonhosa, em troca de polpudos lucros imobiliários. O resultado dos últimos 20 anos de governo deste grupo que aí está é tão funesto que, ao continuar assim, Jundiaí poderá ser, em breve, um lugarejo fantasma sem identidade, sem história e sem futuro. Além das robustas contas bancárias dos especuladores imobiliários, seremos apenas um batalhão de andarilhos cuja única perspectiva de vida será a de sermos seres robotizados, dizendo amém ao coronelismo que nos domina há duas décadas e também agradecendo a ele por vivermos sob o seu chicote.